segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

IDEIAS/OPINIÃO

IDEAIS/OPINIÃO DN.
O CONTRAPONTO

Entramos em ano eleitoral. Campanhas milionárias, promessas surrealistas e imagens produzidas fazem parte do marketing dos políticos. Os programas eleitorais, mais uma vez, venderão uma bela embalagem, mas, de fato, tentarão fugir da discussão das ideias. Nós jornalistas somos (ou deveríamos ser) o reverso a essa tendência. Jornalismo é contraponto. Cabe-nos a missão de rasgar a embalagem e desnudar os candidatos. O nosso papel é ouvir as pessoas, conhecer suas queixas, identificar suas carências e cobrar soluções dos candidatos. O jornalismo de aspas, pobre e simplificador, repercute o Brasil oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do País real. Precisamos fugir do espetáculo e fazer a opção pela informação. Só assim, com equilíbrio e didatismo, conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório. O esforço de isenção, no entanto, não se confunde com a omissão. O leitor espera uma imprensa combativa, disposta a exercer o seu intransferível dever de denúncia. A sociedade quer um quadro claro, que lhe permita formar um perfil dos candidatos: seus antecedentes, sua evolução patrimonial, seu desempenho em cargos atuais e anteriores, etc. Impõe-se, também, um bom levantamento das promessas de campanha. Trata-se de levar adiante bom jornalismo de serviço. Um jornalismo cor-de-rosa é socialmente irrelevante. A imprensa, sem precipitação e injustos prejulgamentos, tem o dever de desempenhar importante papel na recuperação da ética na vida pública. Nosso compromisso não é com as celebridades, mas com a verdade, com a informação bem apurada e com os leitores. E nada mais.

Carlos Alberto Di Franco.
Professor e DOUTOR em Comunicação

OPINIÃO

"O REVERSO"

O comentário em inteire serve de reflexão para dar sequencia as suas atividades jornalísticas.

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