sábado, 18 de janeiro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 18 DE JANEIRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

CONTROVÉRSIA DA MORALIZAÇÃO

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Nobres:
Simplesmente estarrecedor para sociedade comum e muito louvável para os políticos que tenham “conta a pagar” no caso os atingidos pela ficha limpa (os fichas sujas) que vivem permanentemente acionando os laboratórios maquiavélicos introduzidos atalhos que possa se desviar de seus atos que infringiram o ordenamento eleitoral. É muito raro acontecer, mas esses segmentos políticos governistas e de oposição estão unidos numa cruzada a favor de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Entende-se essa união: o TSE proibiu que a Polícia Federal e o Ministério Público investiguem possíveis crimes eleitorais nas eleições deste ano. Há de se convir que o óbvio que, como qualquer órgão público, suas iniciativas tenham de ser acompanhadas pela opinião pública e sujeitas às leis do país. A resposta dos policiais federais à tomada de posição do TSE foi clara: através de sua entidade associada que congrega a categoria, afirma que é sua missão "instaurar investigação diante de qualquer crime que chegar ao seu conhecimento" E acentua que, para isso, não precisará de autorização de um juiz (eleitoral, no caso). É uma afirmação óbvia: a agilidade nas investigações policiais é parte indispensável do êxito de suas ações. Muitas vezes, a qualidade de uma decisão, como essa do TSE, pode e deve ser aliada pela identidade de quem a defende. A proibição de inquéritos policiais por crimes eleitorais está sendo aplaudida principalmente por políticos que têm alguma razão para não serem simpáticos a esses inquéritos. Não é só a sociedade ética e racional que expressa à lisura desta forma, mas ela está sendo condenada por membros do Ministério Público e delegados da Polícia Federal. Nenhum deles tem, que se saiba, interesses pessoais em jogo. Pelo visto, a proibição de inquéritos sobre possíveis crimes eleitorais nas últimas eleições pode e deve ser avaliada pela biografia de quem a defende. Ou seja, pelo grau de limpeza de sua ficha. Proibição de inquéritos policiais por crimes eleitorais é aplaudida principalmente por políticos que têm alguma razão para não serem simpáticos a esses inquéritos. Decisão desta espécie expressa no sentido de aliar o forte corporativismo que atua em todas as vertentes institucionais.

Antônio Scarcela Jorge.

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