COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
CONTROVÉRSIA DA MORALIZAÇÃO
.
Nobres:
Simplesmente estarrecedor para
sociedade comum e muito louvável para os políticos que tenham “conta a pagar”
no caso os atingidos pela ficha limpa (os fichas sujas) que vivem
permanentemente acionando os laboratórios maquiavélicos introduzidos atalhos
que possa se desviar de seus atos que infringiram o ordenamento eleitoral. É
muito raro acontecer, mas esses segmentos políticos governistas e de oposição
estão unidos numa cruzada a favor de uma decisão do Tribunal Superior
Eleitoral. Entende-se essa união: o TSE proibiu que a Polícia Federal e o
Ministério Público investiguem possíveis crimes eleitorais nas eleições deste
ano. Há de se convir que o óbvio que, como qualquer órgão público, suas
iniciativas tenham de ser acompanhadas pela opinião pública e sujeitas às leis do
país. A resposta dos policiais federais à tomada de posição do TSE foi clara: através
de sua entidade associada que congrega a categoria, afirma que é sua missão
"instaurar investigação diante de qualquer crime que chegar ao seu
conhecimento" E acentua que, para isso, não precisará de autorização de um
juiz (eleitoral, no caso). É uma afirmação óbvia: a agilidade nas investigações
policiais é parte indispensável do êxito de suas ações. Muitas vezes, a
qualidade de uma decisão, como essa do TSE, pode e deve ser aliada pela
identidade de quem a defende. A proibição de inquéritos policiais por crimes
eleitorais está sendo aplaudida principalmente por políticos que têm alguma
razão para não serem simpáticos a esses inquéritos. Não é só a sociedade ética
e racional que expressa à lisura desta forma, mas ela está sendo condenada por
membros do Ministério Público e delegados da Polícia Federal. Nenhum deles tem,
que se saiba, interesses pessoais em jogo. Pelo visto, a proibição de
inquéritos sobre possíveis crimes eleitorais nas últimas eleições pode e deve
ser avaliada pela biografia de quem a defende. Ou seja, pelo grau de limpeza de
sua ficha. Proibição de inquéritos policiais por crimes eleitorais é aplaudida
principalmente por políticos que têm alguma razão para não serem simpáticos a
esses inquéritos. Decisão desta espécie expressa no sentido de aliar o forte
corporativismo que atua em todas as vertentes institucionais.
Antônio Scarcela Jorge.
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