COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
EDUCAÇÃO OBTEMPERADA
Nobres:
Estamos evidenciando no nosso país onde os números
falam mais alto que a percepção e bom senso do cidadão; aonde o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica é camuflado bienalmente; onde o professor
passou de transmissor de conhecimentos para educador básico e cuidador de
crianças, em média 30 ou 35 por aula, recebendo uma responsabilidade que não
lhe pertence: a de educar, no sentido primordial de um dicionário qualquer.
Nesse processo de formar cidadãos porque a responsabilidade “inovada” desaba
única e exclusivamente sobre o profissional da educação exclui-se, quase que em
sua totalidade, a participação familiar e política do pré-cidadão; expõem-se
pré-adolescentes, adolescentes e profissionais ao barbarismo e conquistas
medievais, guerras travadas diariamente por um espaço na sociedade. Fala-se
constantemente da erradicação da miséria. Promovem-se projetos, distribuem-se
benefícios e engana-se uma nação. Escondem atrás de algumas notas de real uma
realidade que, aparentemente, é aceita por aqueles que são beneficiados.
Esquece-se, porém, que uma nação necessita de muito mais que apenas algum
dinheiro no bolso; que a promoção cidadã é galgada diariamente com muito
esforço, suor e educação. Educação em seu mais amplo sentido, e tal amplitude
estacionou nas costas daqueles que se propõem a enfrentar uma guerra munida
apenas de um pouco mais de conhecimento e boas intenções de transmiti-lo. Nesse
contexto, todos se prejudicam: educandos e educadores, filhos e pais, cidadãos
e país. A espera por uma sacudida no processo educacional fica cada vez mais
utópica. O reflexo de tudo isso será percebido por gerações das quais,
esperamos, não faremos mais parte, tendo em vista que num futuro próximo as
nossas vidas serão cuidadas e comandadas pela geração atual que desrespeita,
agride, quase nada apreende e expõe-se, orgulhosamente, à regressão nas mídias.
Por outro lado, podemos também ser cuidados e comandados por aqueles que,
espertamente, nos deixarão de herança seus sucessores. Violência não é apenas
socos, pontapés e agressões verbais. Por hipótese nenhuma deixaríamos de
acrescentar os efeitos generativos da raiz problemática contextual direcionada
aos pequenos municípios administrados por uma geração de “irresponsáveis” em
sua maioria, pelo fato de está no poder em troca de negociações escusas na hora
do voto: e que a fragilidade do sistema eleitoral é perceptível à impunidade,
regra imperativa nesse país; o que há de se esperar! Adentro de uma “grilheta”
que transcende setores em função exclusiva desses desleixes, não poderia deixar
de ser inclui-se nela também o descaso familiar e eminentemente político para
com uma geração que um dia povoará o nosso país.
A PROPOSÍTO!
Igualdade: entende os políticos.
As
autoridades brasileiras têm duas visões sobre a segurança e a saúde no País:
uma para os pobres e outra para os amigos do rei. O ministro Marco Aurélio de
Melo declarou que é preciso compreender a angústia de quem está condenado,
conhecendo as condições desumanas das penitenciárias do Brasil. Dilma disse a poucos
dias que a situação de saúde de Genoino "é uma questão humanitária".
Bom lembrar que, em mais de 10 anos no governo, o PT nada fez para melhorar os
presídios que tanto o incomodavam na oposição. Os eleitores deveriam ficar
atentos a essas declarações, pois o cidadão comum paga impostos escorchantes,
não é criminoso e, quando precisa de segurança e saúde, é tratado com desdém.
Alguma coisa deve estar errada nesse País: ou o povo é surdo ou gosta de ser
enganado. O art. 5º da Constituição Federal, que diz "Todos são iguais
perante a lei", serve apenas para enfeitar os livros? – vamos acreditar e
fazer com que o principal ordenamento numeral de nossa Constituição seja
“consagrado”.
Antônio Scarcela Jorge.
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