terça-feira, 28 de janeiro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 28 DE JANEIRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

EDUCAÇÃO OBTEMPERADA

Nobres:
Estamos evidenciando no nosso país onde os números falam mais alto que a percepção e bom senso do cidadão; aonde o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é camuflado bienalmente; onde o professor passou de transmissor de conhecimentos para educador básico e cuidador de crianças, em média 30 ou 35 por aula, recebendo uma responsabilidade que não lhe pertence: a de educar, no sentido primordial de um dicionário qualquer. Nesse processo de formar cidadãos porque a responsabilidade “inovada” desaba única e exclusivamente sobre o profissional da educação exclui-se, quase que em sua totalidade, a participação familiar e política do pré-cidadão; expõem-se pré-adolescentes, adolescentes e profissionais ao barbarismo e conquistas medievais, guerras travadas diariamente por um espaço na sociedade. Fala-se constantemente da erradicação da miséria. Promovem-se projetos, distribuem-se benefícios e engana-se uma nação. Escondem atrás de algumas notas de real uma realidade que, aparentemente, é aceita por aqueles que são beneficiados. Esquece-se, porém, que uma nação necessita de muito mais que apenas algum dinheiro no bolso; que a promoção cidadã é galgada diariamente com muito esforço, suor e educação. Educação em seu mais amplo sentido, e tal amplitude estacionou nas costas daqueles que se propõem a enfrentar uma guerra munida apenas de um pouco mais de conhecimento e boas intenções de transmiti-lo. Nesse contexto, todos se prejudicam: educandos e educadores, filhos e pais, cidadãos e país. A espera por uma sacudida no processo educacional fica cada vez mais utópica. O reflexo de tudo isso será percebido por gerações das quais, esperamos, não faremos mais parte, tendo em vista que num futuro próximo as nossas vidas serão cuidadas e comandadas pela geração atual que desrespeita, agride, quase nada apreende e expõe-se, orgulhosamente, à regressão nas mídias. Por outro lado, podemos também ser cuidados e comandados por aqueles que, espertamente, nos deixarão de herança seus sucessores. Violência não é apenas socos, pontapés e agressões verbais. Por hipótese nenhuma deixaríamos de acrescentar os efeitos generativos da raiz problemática contextual direcionada aos pequenos municípios administrados por uma geração de “irresponsáveis” em sua maioria, pelo fato de está no poder em troca de negociações escusas na hora do voto: e que a fragilidade do sistema eleitoral é perceptível à impunidade, regra imperativa nesse país; o que há de se esperar! Adentro de uma “grilheta” que transcende setores em função exclusiva desses desleixes, não poderia deixar de ser inclui-se nela também o descaso familiar e eminentemente político para com uma geração que um dia povoará o nosso país.


A PROPOSÍTO!

Igualdade: entende os políticos.

As autoridades brasileiras têm duas visões sobre a segurança e a saúde no País: uma para os pobres e outra para os amigos do rei. O ministro Marco Aurélio de Melo declarou que é preciso compreender a angústia de quem está condenado, conhecendo as condições desumanas das penitenciárias do Brasil. Dilma disse a poucos dias que a situação de saúde de Genoino "é uma questão humanitária". Bom lembrar que, em mais de 10 anos no governo, o PT nada fez para melhorar os presídios que tanto o incomodavam na oposição. Os eleitores deveriam ficar atentos a essas declarações, pois o cidadão comum paga impostos escorchantes, não é criminoso e, quando precisa de segurança e saúde, é tratado com desdém. Alguma coisa deve estar errada nesse País: ou o povo é surdo ou gosta de ser enganado. O art. 5º da Constituição Federal, que diz "Todos são iguais perante a lei", serve apenas para enfeitar os livros? – vamos acreditar e fazer com que o principal ordenamento numeral de nossa Constituição seja “consagrado”.

Antônio Scarcela Jorge.

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