Crime
encomendado
Julgamos
delinquentes de todos os matizes nas comarcas por onde passamos. Contudo, como
o nível de criminalidade era menor do que o de hoje, até porque as leis penais
eram mais rigorosas, e não havia a famigerada bolsa-detenção de R$ 822,00
mensais. E com a agravante de os filhos das vítimas não terem igual direito não
sabemos como vai a senhora Dilma se reeleger com tanto sangue derramado sem pleitear
as reformas das leis.
A
morte do advogado Emídio César (<foto) teve como motivação uma encomenda. O seu frio e
truculento assassino, já o vinha seguindo. Não usou revólver para não despertar
atenção de quem estava nas proximidades do local onde iria alcançá-lo. É até
mesmo infantil pensar que de uma simples discussão de trânsito, fosse ocorrer
tão desumano crime, a ponto de deixar a marca de querer seu agressor matar não
somente o corpo, mas também a alma.
O
tranco que o criminoso deu a lateral do carro do infelicitado causídico,
parecia ser o mesmo que fazem os ladrões quando vão provocar abordagem para
assaltar. Até porque de madrugada não havia tráfego intenso. Portanto, é
preciso mudar as investigações no sentir de verificar as relações da vítima com
seus clientes. Se tinha inimigo, se já havia sido ameaçado de morte. Em caso
afirmativo, por quem? Quando passar o tempo, a família deve procurar uma sessão
espírita séria que certamente irá colher dados importantes para a descoberta do
autor do crime. Chico Xavier chegou a assim proceder. A princípio a justiça não
acatou, porém em um dos casos, os detalhes foram tão precisos e acabaram por
ser levados em conta para efeito de condenação.
Edgar Carlos de Amorim
Desembargador
PUBLICADO
NA COLUNA – IDÉIAS - DO DIÁRIO DO NORDESTE – EDIÇÃO DE HOJE – DOMINGO DIA 26 DE
JANEIRO DE 2014
Muito corajosa a proposta do ilustre Desembargador, se considerarmos o meio social a que ele pertence, normalmente infenso à realidade espiritual - continuidade da vida após a morte.
ResponderExcluir