COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
CORPORATIVISMO
NA IMPRENSA ATENTA PARCERIAS DESCONEXAS.
Nobres:
Em decorrência dos acontecimentos
que de vez por outra são evidenciados na tentativa de impedir o livre exercício
do oficio profissional de radialistas especialmente, quando noticiam fatos a
mercê do domínio público. Demonstrada a incapacidade pelos agentes promotores e
comandados elevam causas deprimentes “a luz” da população. Estes atos
desabonadores se enquadram entre umas das estratégias da falsa democracia
brasileira, para parecer verdadeiramente democrática, é a falsa liberdade de
expressão. A liberdade de expressão, no Brasil, é falsa porque está no papel,
mas não está na prática. O inciso IX do artigo 5° da Constituição Federal de
1988 diz que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;”. São
belas as palavras, mas infelizmente não saíram do papel até hoje. Isso porque a
lei nos dá o direito de nos expressarmos, mas não dá os meios para colocarmos
esse direito em prática. Pior, cria outras leis que criminalizam aqueles que
tentam colocar em prática esse direito. Liberdade de expressão X Liberdade de
imprensa. Outra tática da falsa democracia brasileira para nos ludibriar é
confundir liberdade de expressão com liberdade de imprensa. Atualmente, temos
apenas a liberdade de imprensa, pois a imprensa fala o que quiser, inclusive,
muitas vezes, mente, distorce, confunde e manipula as informações para
benefício próprio. Mas acontece que esta imprensa está concentrada em poucas
mãos e ideologicamente alinhada aos interesses da classe dominante, que é a
proprietária destes veículos de comunicação. A censura, que era praticada pelo
Estado durante o regime militar, é agora praticada dentro da própria imprensa,
pela figura do chefe, que seleciona o conteúdo a ser publicado e garante conveniente
aos proprietários e patrocinadores de tal veículo. Quem tem dinheiro
suficiente, nesta localidade para abrir, por exemplo, uma emissora de rádio? De
quem é a voz que pode ser ouvida nos quatro cantos? A dos pobres, trabalhadores
assalariados, estudantes, sem teto, sem terra e sem nada? - Não! A vós ouvida é
a voz do político que “gagueja” tentando “subornar” a verdade. Estes sim têm
toda a liberdade (garantida por lei) para falar em alto em bom tom as suas
mentiras. Por este respeito partindo daqui, porque não? - Podemos retomar de
vez a luta pela democratização dos meios de comunicação. Mas, no contexto
brasileiro, que já afirmamos, vive uma falsa democracia, ocorre um processo de
criminalização dos movimentos sociais. Neste processo social, todos aqueles que
se organizam para combater os interesses da elite são visto como criminosos
pela mídia corporativa e pelo Estado. Apesar
do artigo 5° da Constituição garantir a livre expressão, sem necessidade de
autorização ou censura. Em contrapartida podem operar as
rádios que são comerciais, com fins lucrativos, e que conseguem (de maneira
honesta, ou não) o patrocínio de empresas e a concessão de uma frequência por
parte do nosso honestíssimo Estado brasileiro. Aqueles que querem simplesmente
fazer valer o seu (suposto) direito à livre expressão sem ter fins lucrativos,
e sem a prévia autorização até porque é praticamente impossível conseguir uma
concessão do Estado sem fazer acordos maquiavélicos com políticos.
Antônio Scarcela Jorge.
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