SÃO PAULO, 17 Jan (Reuters) - O
plano de demissão voluntária anunciado nesta sexta-feira pela Petrobras
envolverá 8.379 petroleiros, dos quais 6.879 aposentados que continuam
trabalhando para a empresa, segundo o sindicado dos trabalhadores.
Atualmente, a estatal conta com
cerca de 85 mil empregados, segundo informação no site da empresa, o que indica
que o programa poderia envolver aproximadamente 10 por cento dos trabalhadores
da companhia.
A Federação Única dos Petroleiros
(FUP) informou ainda que o incentivo para a adesão ao plano será de 10
remunerações, acrescido de 40 por cento do FGTS, com piso e teto estabelecidos
pela empresa.
Procurada, a assessoria de
imprensa da Petrobras informou que não dispunha de tais informações.
A Petrobras informou mais cedo
que o plano é fruto da implantação do Programa de Otimização de Produtividade
(POP), "que tem por objetivo influenciar positivamente na produtividade da
Petrobras visando contribuir para o alcance das metas de desempenho do Plano de
Negócios e Gestão", o maior plano corporativo do mundo, de 237 bilhões de
dólares em investimentos em cinco anos.
A assessoria de imprensa afirmou
ainda em nota separada que o programa aprovado pela Diretoria Executiva da
Petrobras tem por objetivo "atender às expectativas dos empregados
interessados em se desligar da empresa e preservar o conhecimento técnico
existente na companhia".
Poderão se inscrever no PIDV
empregados já aposentados pelo INSS que permanecem trabalhando na companhia, os
que possuem tempo e idade para se aposentar pelo INSS, mas ainda não deram
entrada no requerimento de benefício de aposentadoria (devendo estar
aposentados até o término das inscrições) e que já podem se desligar da
companhia a qualquer momento por possuírem idade igual ou superior a 55 anos
até 31 de março (término das inscrições), além de tempo de contribuição nos
planos Petros (caso optante pela Petros).
As inscrições de empregados
elegíveis e interessados no plano vão ocorrer entre 13 de fevereiro e 31 de
março deste ano.
Os desligamentos ocorrerão em no
máximo 36 meses após o término das inscrições e, neste período, deverá ser
garantida a passagem do conhecimento e a continuidade operacional da companhia.
O programa prevê o pagamento de
indenizações atreladas ao cumprimento dos planos de passagem de conhecimento.
A empresa disse ainda, por meio
da assessoria de imprensa, que as regras serão divulgadas aos empregados da
companhia até de 11 de fevereiro.
A Petrobras afirmou também que
dará continuidade à realização de processos seletivos públicos, ainda sem
previsão de data, para atender suas necessidades de pessoal vinculadas ao plano
de negócios.
Fonte: Reuters.
APRECIAÇÃO:
- “ANTEVISÃO
- é questão preliminar para demitir empregados da estatal de governo
ocasionando cenário semelhante no que se deu origem no “desastrado” governo
Collor”.
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