VOU
BOTAR UMA BRIGA...
Nos anos 50 e 60, a boêmia era uma curtição bem mais apreciada do que hoje.
Tinha outro aspecto no sentido ditado pelo som do violão, cachaça do Pé da
Serra e tira gostos característicos. Os esportes e diversões daquele tempo eram
o futebol, os circos quando apareciam e as muito apreciadas e livres brigas de
galo. Ter um galo bom de briga era motivo de pose.
Um boêmio famoso e reconhecidamente homem de um bom papo era o Borges Veras
filho do Sr. Olindino Gerardo. Numa manhã, de noite virada, faltou tira gosto.
Borges foi o escolhido para ir em casa e “roubar” uma galinha para torrar e
continuar com a farra.
Não encontrando a poedeira agarrou outra, uma perua. Ao sair de casa com a
perua debaixo do braço, deu de cara com seu pai. Meu filho para onde você vai
com essa perua perguntou o sempre calmo e moderado Olindino. Rápido e
desinibido Borges respondeu de pronto: Vou botar uma briga papai!
Um seu companheiro, boêmio dos maiores era o José Maria Aliaduz. O professor
Raimundo Aliaduz, pai de Zé Maria como era conhecido, valeu-se da amizade dos
dois boêmios e pediu ao Borges para falar com Zé para dar uma parada nas
noitadas e na bebida. Borges então argumentou para o amigo: Zé Maria, para uns
dias rapaz. Porque todo dia é BOM DEMAIS!
*Antônio Roberto Mendes Martins
- Mestre em Física –
Professor Universitário (UFC) novarrussense – residente em Nova-Russas.
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