segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CONTO DO PROFESSOR ANTÔNIO ROBERTO

 ANTÔNIO ROBERTO.

VOU BOTAR UMA BRIGA...
                                       
        Nos anos 50 e 60, a boêmia era uma curtição bem mais apreciada do que hoje. Tinha outro aspecto no sentido ditado pelo som do violão, cachaça do Pé da Serra e tira gostos característicos. Os esportes e diversões daquele tempo eram o futebol, os circos quando apareciam e as muito apreciadas e livres brigas de galo. Ter um galo bom de briga era motivo de pose.

        Um boêmio famoso e reconhecidamente homem de um bom papo era o Borges Veras filho do Sr. Olindino Gerardo. Numa manhã, de noite virada, faltou tira gosto. Borges foi o escolhido para ir em casa e “roubar” uma galinha para torrar e continuar com a farra.

        Não encontrando a poedeira agarrou outra, uma perua. Ao sair de casa com a perua debaixo do braço, deu de cara com seu pai. Meu filho para onde você vai com essa perua perguntou o sempre calmo e moderado Olindino. Rápido e desinibido Borges respondeu de pronto: Vou botar uma briga papai!

        Um seu companheiro, boêmio dos maiores era o José Maria Aliaduz. O professor Raimundo Aliaduz, pai de Zé Maria como era conhecido, valeu-se da amizade dos dois boêmios e pediu ao Borges para falar com Zé para dar uma parada nas noitadas e na bebida. Borges então argumentou para o amigo: Zé Maria, para uns dias rapaz. Porque todo dia é BOM DEMAIS!
*Antônio Roberto Mendes Martins
- Mestre em Física –
Professor Universitário (UFC) novarrussense – residente em Nova-Russas.

- O “protagonista” central desta estória, conforme o relato do professor Antônio Roberto foi o Senhor Borges (falecido recentemente; no ensejo rendo as minhas homenagens a digníssima família - Veras/Pontes - de nossa terra e mui especial ao amigo Didico Veras, seu irmão.
   


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