Críticas a colegas
PARA BARBOSA, JOÃO PAULO JÁ DEVERIA ESTAR PRESO.
O presidente do STF criticou os
dois colegas que não assinaram o mandado de prisão do deputado petista.
Paris. Sem citar os nomes dos
ministros Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, o presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou, ontem, os dois colegas que assumiram
o comando da instituição durante suas férias e não assinaram o mandado de
prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).
Segundo ele, uma pessoa condenada
“ganhou quase um mês de liberdade a mais”. Barbosa está em Paris, onde
participou de um seminário na Sorbonne. O STF está em recesso desde 20 de
dezembro passado. O ministro ficou responsável pelo plantão até 6 de janeiro.
Ele entraria de férias no dia 10,
mas antecipou o descanso. No dia 7, a ministra Cármen Lúcia assumiu a
presidência provisoriamente e preferiu não assinar o mandado de prisão de João
Paulo.
Na última segunda-feira,
Lewandowski assumiu o comando do tribunal. “Se eu estivesse como substituto
jamais hesitaria em tomar essa decisão”, afirmou Barbosa. Lewandowski ficará
responsável por decidir questões urgentes até 2 de fevereiro. No dia 3, o
recesso forense termina e Barbosa retoma o posto.
O presidente do tribunal chegou a decretar a prisão de João Paulo, mas não formalizou o documento a ser entregue à Polícia Federal para que a ordem seja cumprida.
O presidente do tribunal chegou a decretar a prisão de João Paulo, mas não formalizou o documento a ser entregue à Polícia Federal para que a ordem seja cumprida.
Segundo o STF, não houve tempo
hábil de deixar o mandado de prisão pronto antes de Barbosa sair de férias. João
Paulo está em liberdade, aguardando a decisão. “Eu estou falando pela primeira
vez. O que eu acho é o seguinte: qual é a consequência concreta disso? A pessoa
condenada ganhou quase um mês de liberdade a mais. Essa é a única
consequência”, disse o presidente do Supremo sobre o fato de os dois colegas
não terem assinado o mandado de prisão do petista.
Colegiado
Aos jornalistas, Barbosa disse ser importante que os brasileiros saibam que a figura do presidente do Supremo não se confunde com a instituição. Se referindo ao processo do mensalão, Joaquim Barbosa declarou que os atos que vem praticando são por delegação do colegiado. “Não é ato de Joaquim Barbosa. Qualquer ministro poderia… o ministro que estiver lá, de plantão, pode praticar o ato. O que está havendo é uma tremenda personalização de decisões que são coletivas, mas que querem transformar em decisões de Joaquim Barbosa”, afirmou.
Perguntado se isso incomoda, o ministro se limitou a responder “nem um pouco”. Barbosa afirmou que, se a questão é urgente ou não é avaliação que cada um faz, e disse que Cármen Lúcia não o procurou. “Não sei qual foi a motivação. Ela não me telefonou, não falou comigo. Não sei qual foi. A verdade é essa: o presidente do STF responde pelo tribunal no período em que estiver lá, à frente, substituindo todos os ministros. Responde sobretudo a questões urgentes. Se é urgente ou não é avaliação que cada um faz”, disse o presidente do STF.
Colegiado
Aos jornalistas, Barbosa disse ser importante que os brasileiros saibam que a figura do presidente do Supremo não se confunde com a instituição. Se referindo ao processo do mensalão, Joaquim Barbosa declarou que os atos que vem praticando são por delegação do colegiado. “Não é ato de Joaquim Barbosa. Qualquer ministro poderia… o ministro que estiver lá, de plantão, pode praticar o ato. O que está havendo é uma tremenda personalização de decisões que são coletivas, mas que querem transformar em decisões de Joaquim Barbosa”, afirmou.
Perguntado se isso incomoda, o ministro se limitou a responder “nem um pouco”. Barbosa afirmou que, se a questão é urgente ou não é avaliação que cada um faz, e disse que Cármen Lúcia não o procurou. “Não sei qual foi a motivação. Ela não me telefonou, não falou comigo. Não sei qual foi. A verdade é essa: o presidente do STF responde pelo tribunal no período em que estiver lá, à frente, substituindo todos os ministros. Responde sobretudo a questões urgentes. Se é urgente ou não é avaliação que cada um faz”, disse o presidente do STF.
Delúbio
arrecada R$ 30 mil em um dia
São Paulo A campanha lançada para
ajudar o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a pagar a multa imposta no processo
do mensalão já arrecadou ontem R$ 30.610, tudo em menos de 24h de
funcionamento.
Delúbio foi condenado a pagar R$ 466,8 mil de multa pela Vara de Execuções Penais (VEP), além de cumprir pena de 6 anos e 8 meses pelo crime de corrupção ativa.
Delúbio foi condenado a pagar R$ 466,8 mil de multa pela Vara de Execuções Penais (VEP), além de cumprir pena de 6 anos e 8 meses pelo crime de corrupção ativa.
Como ainda não foi intimado, o
ex-tesoureiro do PT não tem prazo para pagar o montante. A página
"Solidariedade a Delúbio Soares" foi criada após o site
"Parceiros da família Genoino" ter arrecadado valor superior para
pagar a multa a qual o ex-presidente do PT havia sido condenado. No site há uma
mensagem criticando o julgamento do mensalão. "A difamação, a
desinformação, a pressão midiática, tudo foi usado e nada foi poupado na
criminalização da atuação política de combativos companheiros petistas,
condenados sem provas e com a aplicação de penas excessivas e multas
exorbitantes", diz o texto.
Valério
O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o desbloqueio de parte dos bens de seu cliente para viabilizar o pagamento da multa à qual foi condenado no processo do mensalão.
O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o desbloqueio de parte dos bens de seu cliente para viabilizar o pagamento da multa à qual foi condenado no processo do mensalão.
O mesmo pedido foi feito à Vara
de Execuções Penais (VEP). O juiz Ângelo Pinheiro de Oliveira argumentou que
não poderia sequer analisar o recurso, porque não era um tema de competência
jurídica da vara. Enquanto isso, o pagamento da multa de R$ 4,44 milhões
continua em aberto.
"O juiz disse que não
competia a ele decidir sobre multa. Já que a VEP não quis decidir, ao término
do recesso nós vamos pedir ao Supremo, para que o Supremo solicite ao Banco
Central informações sobre os valores bloqueados e, em seguida, pedir para que o
dinheiro seja usado para o pagamento da multa, que é um dos fins do
bloqueio", declarou o advogado Marcelo Leonardo. O STF retoma suas
atividades no dia 3 de fevereiro. Os bens de Valério estão bloqueados desde
2005.
Fonte: Agência Brasil.
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