Antonio Roberto Mendes Martins
...QUEBROU-SE
NA QUEDA DA TORRE...
Conversando com o amigo Francisco
Caetano, perguntei pela primeira Imagem de Nossa Senhora que fora doada pela minha
Avó para a Capela de Nova Russas. Então
ele me explicou: Em 1876, na mesma época que fez a doação do Terreno da Santa,
Manoel Peixoto doou também adita Imagem. Tal devoção foi motivada pela Aparição
da Santa na França em 1830.Tal imagem encontra-se guardada nas dependências
da Igreja Matriz ou Casa Paroquial. Nenê continuou: Tua Avó doou esta Imagem
atual, que não tem igual em parte nenhuma. E tudo indica que por ser tão bela
foi motivo de ciúmes, por parte de Matrizes mais velhas. O Bispo recomenda que
não a deixem pintá-la.
Ora, falei você está certo!
Nascida Teófila Peres de Farias, mais ou menos dez anos depois do feito de
Manuel Peixoto, foi Dona Teófila de Farias Martins, já então casada com
Hermenegildo de Sousa Martins e já dona de descendência, quem mandou vir a
“Santa” atual. E os dois Anjos que a ladeiam, perguntei como se não soubesse.
Foi Dr. Alípio Gomes Filho e sua esposa Dona Djanira, a filha mais nova de Dona
Teófila. Uma conversa puxa outra. Roberto, dizem que a primeira casa foi aquela
da Quintino Bocaiúva, mas não pode porque casas são construídas perto de todas
as Igrejas e perto da água. Claro concordei e concordo com ele. Muitas pessoas
serroneamente pensam que é a tal casa, mas quando na dita rua só existia dois prédios,
para deposito da Estrada de Ferro, meu pai apossou-se de um, onde hoje é minha
casa e o pai do Antônio Rufino do outro, completou ele.
Vejamos, o Sítio Ventura
pertencia à família de Maria Ventura de Moura, para onde seguiam os primeiros
sacerdotes que vinham de Tamboril, aplicar de tempos em tempos, os princípios
religiosos. Claro que os primeiros Padres iam para as primeiras residências...
Lembrei-me dos sinos. O primeiro,
o Padre Leitão aproveitou para nos chamar para o Ginásio Monsenhor Tabosa,
depois tomou sumiço. O segundo, de uma capacidade sonora maravilhosa,
infelizmente, quebrou sena queda da torre. O tempo vai passando e a memória
histórica traduzida oralmente, pelos mais velhos, vai sendo volatilizada pela
voragem do tempo. Quando autoridade e ligado à educação, priorizei ações que
supus inadiáveis. Hoje, sugiro a formação de grupos de estudo de histórias
simples como estas, que são os elos da grande corrente que conta o que foi, é e
será um povo.
*Antônio Roberto Mendes Martins
- Mestre em Física –
Professor Universitário (UFC) novarrussense – residente em Nova-Russas.
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