quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

PROFESSOR ANTÔNIO ROBERTO

 COMENTÁRIO
Antonio Roberto Mendes Martins

...QUEBROU-SE NA QUEDA DA TORRE...

Conversando com o amigo Francisco Caetano, perguntei pela primeira Imagem de Nossa Senhora que fora doada pela minha Avó para a Capela de Nova Russas.  Então ele me explicou: Em 1876, na mesma época que fez a doação do Terreno da Santa, Manoel Peixoto doou também adita Imagem. Tal devoção foi motivada pela Aparição da Santa na França em 1830.Tal imagem  encontra-se guardada nas dependências da Igreja Matriz ou Casa Paroquial. Nenê continuou: Tua Avó doou esta Imagem atual, que não tem igual em parte nenhuma. E tudo indica que por ser tão bela foi motivo de ciúmes, por parte de Matrizes mais velhas. O Bispo recomenda que não a deixem pintá-la.

Ora, falei você está certo! Nascida Teófila Peres de Farias, mais ou menos dez anos depois do feito de Manuel Peixoto, foi Dona Teófila de Farias Martins, já então casada com Hermenegildo de Sousa Martins e já dona de descendência, quem mandou vir a “Santa” atual. E os dois Anjos que a ladeiam, perguntei como se não soubesse. Foi Dr. Alípio Gomes Filho e sua esposa Dona Djanira, a filha mais nova de Dona Teófila. Uma conversa puxa outra. Roberto, dizem que a primeira casa foi aquela da Quintino Bocaiúva, mas não pode porque casas são construídas perto de todas as Igrejas e perto da água. Claro concordei e concordo com ele. Muitas pessoas serroneamente pensam que é a tal casa, mas quando na dita rua só existia dois prédios, para deposito da Estrada de Ferro, meu pai apossou-se de um, onde hoje é minha casa e o pai do Antônio Rufino do outro, completou ele.

Vejamos, o Sítio Ventura pertencia à família de Maria Ventura de Moura, para onde seguiam os primeiros sacerdotes que vinham de Tamboril, aplicar de tempos em tempos, os princípios religiosos. Claro que os primeiros Padres iam para as primeiras residências...

Lembrei-me dos sinos. O primeiro, o Padre Leitão aproveitou para nos chamar para o Ginásio Monsenhor Tabosa, depois tomou sumiço. O segundo, de uma capacidade sonora maravilhosa, infelizmente, quebrou sena queda da torre. O tempo vai passando e a memória histórica traduzida oralmente, pelos mais velhos, vai sendo volatilizada pela voragem do tempo. Quando autoridade e ligado à educação, priorizei ações que supus inadiáveis. Hoje, sugiro a formação de grupos de estudo de histórias simples como estas, que são os elos da grande corrente que conta o que foi, é e será um povo.
*Antônio Roberto Mendes Martins
- Mestre em Física –
Professor Universitário (UFC) novarrussense – residente em Nova-Russas.




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