quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"ATÉ O PRESENTE ESTÁ IMUNE" À JUSTIÇA

 “BLINDAGEM” A AMIGA DE LULA.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a Casa Civil por suposta manipulação no processo que apurou o envolvimento de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, em esquema de corrupção e tráfico de influência. Segundo reportagem do “Correio Braziliense”, a Procuradoria da República do Distrito Federal também apura se a Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo ministro petista Gilberto Carvalho, teria sido omissa em relação ao caso para blindar a amiga do ex-presidente Lula.

Os deputados Raimundo Gomes de Matos (CE) e Izalci (DF) defenderam a investigação por parte do MPF. O parlamentar cearense afirma que desde  o governo Lula se tornou praxe a não investigação de casos que dizem respeito à ética e ao mau uso de recursos públicos. “Foi assim com o mensalão e também com essa ex-servidora, que viajava com o presidente e ficava nos melhores hotéis usando recursos públicos”, lembrou, ao criticar a inoperância da Casa Civil nas apurações internas.

O nome de Rosemary veio à tona com a Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2012. Foi desvendado um esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas, muitas vezes em troca de favores pessoais. Entre os envolvidos estavam Rosemary Noronha e os irmãos Rubens e Paulo Vieira, então diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Águas (ANA), respectivamente. Ambos haviam sido indicados ao Planalto por ela.

Conforme o inquérito da Operação Porto Seguro e denúncia do Ministério Público, Rosemary é acusada de falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha. “É vergonhoso ser necessário o Ministério Público ter que entrar com uma investigação em virtude daquela já existente não estar sendo feita como deveria por parte do órgão do governo”, critica Gomes de Matos.

Segundo o deputado, a impunidade é um grave desmando por parte do governo federal. “Não basta demitir. É preciso que haja transparência e devolução do dinheiro utilizado indevidamente”, defende.   Para o Izalci, a investigação pelo MPF veio em boa hora, já que considera suspeita a atitude da Casa Civil de tornar restrito o acesso ao relatório do caso.

“É preciso aprofundar e muito as investigações, porque podem estar tentando esconder detalhes por trás dos panos. Não tem sentido as investigações ocorrerem por um órgão vinculado ao PT e que, na prática, esconde, joga para baixo do tapete as apurações e o que foi comprovado pela Polícia Federal”, criticou.

Fonte: Agência Brasil.







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