COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
PROCRASTINAR AÇÕES CORRUPTAS.
Nobres:
Veio desta vez a flama mais um
somatório de ações corruptas que o cotidiano sucede neste País e dentre os atos
corruptos entra em cena o do Banco do Nordeste do Brasil, casos reincidentes e
que no passado foi construído sob o manto da impunidade (e tem tudo para se
repetir), uma característica peculiar dos agentes que se expressão sem temor e
sem pudor estabelecendo o convívio com a corrupção onde um conjunto majoritário
da sociedade se faz distante e quando chamados a opinar “chega ao ponto de
elogiar facínoras dando a impressão de que tudo está bem”! Neste país ($$) das maravilhas
“ladroíce”. Diante da forma estamos novamente em meio a um turbilhão de
escândalos públicos, o que tem sido uma situação constante desde a época em que
éramos uma simples colônia. Como diz o adágio popular vivemos na “casa da mãe
Joana”. No entanto, a questão da corrupção no Brasil é muito mais profunda.
Acredito que apenas uma pequena parte dos casos seja “efetivamente” descoberta
e venha a público. Imagino que grande parcela fique escondida nas entranhas
públicas. Temos a corrupção política, a corrupção de servidores e de cidadãos
desonestos. A corrupção sempre tem dois lados, um corrompendo e outro sendo
corrompido. É nítido que a máquina pública
está comprometida. Desde criança escutamos falar sobre a tal da corrupção,
agora vemos, todo dia, ao vivo e a cores na TV e “estampados” nos jornais e
ditos no rádio e nas redes sociais. Na esfera política houve e há muito
apadrinhamento para se obtiver a dita governabilidade. Não importa os
interesses da sociedade, desde que os interesses pessoais e partidários sejam
atendidos, com isso vem a briga pela distribuição de cargos públicos,
comissionamentos e outras benesses. Isto ocorre em todos os níveis de governo
(municipal, estadual e federal), afinal é preciso acomodar todos os camaradas. O
exemplo mais recente da corrupção política em nosso país é o escândalo do
mensalão, que teve início em 2005 (sete anos atrás!) e somente agora está tendo
um desfecho. No âmbito administrativo temos um carnaval de queixas, denúncia e
escândalos. Somente para citar alguns exemplos: a indústria de multas de trânsito em diversas cidades desvios de verbas
através de falsas ONGs, fiscais corruptos, licitações fraudulentas, entre
tantas outras situações que podem preencher uma biblioteca. Se pararmos para
pensar, no final das contas, mesmo que inconscientemente, somos nós
que financiamos toda essa corrupção. Os corruptos visam o dinheiro público, que
em última análise é o seu dinheiro e o meu dinheiro, que disponibilizamos para
a manutenção da sociedade. Na medida em que os recursos destinados a financiar
hospitais, escolas, saneamento básico e outras necessidades primárias são
desviados, debaixo de nossos narizes, e não tomamos qualquer atitude, também
temos nossa parcela de culpa, por uma simples questão de omissão. Todo mês a
arrecadação tributária bate recorde, o governo encosta os contribuintes na
parede e suga a maior parcela dos seus recursos e tudo isso para quê? Para
vermos que o nosso dinheiro está sendo desviado, manter o inchaço da máquina
pública ou aplicado em obras fúteis, enfim, uma grande parcela escoando
pelo ralo. A cada dois reais desviados ou desperdiçados é um litro de
leite que está sendo tirado das crianças esfomeadas deste país! Ao longo dos
anos fomos vencidos pelo cansaço, nos tornamos um povo apático a tudo isto.
Somos pacíficos, mas não precisamos ser omissos. Em outros países por questões
muito menores o povo sai às ruas protestando e cobrando os seus direitos. Temos
que limpar a administração dos maus políticos e servidores públicos que mancham
nossa imagem, afinal carregamos a pecha de sermos uma sociedade corrupta. Falta-nos
esse poder de mobilização e indignação, afinal quem manda neste país é o povo
brasileiro, sua vontade é soberana e cabe aos ocupantes dos cargos públicos nos
representar e, sobretudo, nos respeitar. A situação
pode, sim, ser mudada. Através de nossa manifestação, quando multiplicada,
gerará a necessária mudança da opinião pública sobre o assunto. As mudanças
podem direcionar em sintonia com a sociedade, ela direciona e dinamiza ações
que deverão ser dirigida através do voto. Mesmo diante das mazelas que impera a
distância, pode incontinente transformar este Pais exercitando a consciência de
cada um.
Antônio Scarcela
Jorge.
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