COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ALEGORIA À REALIDADE. BRASILEIRA
Nobres:
Desde
fato que o brasileiro tem memória curta de princípio rememoremos no ano passado
em que o País vivenciou por acuidade a qual milhares de pessoas especialmente
jovens, foram às ruas alguns com cartazes de advertência evocando os grandes
problemas brasileiros. Naquela não “longínqua” ocasiões a fim de opinar sobre
esses acontecimentos foram chamados sociólogos, historiadores, professores
universitários, lideranças sindicais, religiosas, empresários, profissionais
liberais e outros personagens de projeção social. Através deles, as causas das
manifestações populares foram interpretadas de forma diversa e difusa. Houve
até quem dissesse que estaria o País no vestibular de uma revolução cultural à
chinesa - agitações político-ideológicas, lideradas por Mao Tsé-tung, que foram
cruento disfarce do fracasso do plano econômico comandado pelo “Grande
Timoneiro” comunista. Todavia, todas das opiniões foram unânimes quanto à
eficácia das convocações para os movimentos através das redes sociais. - Por
fim, das mais expressivas reivindicações decorrentes dos protestos dos
movimentos de junho do ano passado pode-se concluir que, para atendê-las, o
Estado brasileiro (instituições federais, estaduais e municipais) deveria
concentrar seus investimentos preponderantemente, quase exclusivamente - em
saúde, educação e segurança pública. Ora, isso conduz o Estado nacional para
muito perto do que a esquerda brasileira condena: o “Estado mínimo” no caso,
dirigido prioritariamente para saúde, educação e segurança pública. Ademais,
isso contraria o comportamento político tradicional do setor público que põe,
por exemplo, os cargos de funcionalismo comissionado os suntuosos edifícios
públicos e o asfalto de estradas como primeiras prioridades de governo. A
sociedade viveu naquele momento de ilusões. Por este contexto, usamos do fato,
é preciso caminhar, sem parar no sentido de empreender consciências elementar e
racional, mesmo pouco distante da realidade social do país, onde as camadas
sociais de menor projeção econômica se protegem com o fanatismo da força
populista do governo que ora se estabelece.
Antônio Scarcela
Jorge.
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