quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 15 DE JANEIRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

ALEGORIA À REALIDADE. BRASILEIRA

Nobres:
Desde fato que o brasileiro tem memória curta de princípio rememoremos no ano passado em que o País vivenciou por acuidade a qual milhares de pessoas especialmente jovens, foram às ruas alguns com cartazes de advertência evocando os grandes problemas brasileiros. Naquela não “longínqua” ocasiões a fim de opinar sobre esses acontecimentos foram chamados sociólogos, historiadores, professores universitários, lideranças sindicais, religiosas, empresários, profissionais liberais e outros personagens de projeção social. Através deles, as causas das manifestações populares foram interpretadas de forma diversa e difusa. Houve até quem dissesse que estaria o País no vestibular de uma revolução cultural à chinesa - agitações político-ideológicas, lideradas por Mao Tsé-tung, que foram cruento disfarce do fracasso do plano econômico comandado pelo “Grande Timoneiro” comunista. Todavia, todas das opiniões foram unânimes quanto à eficácia das convocações para os movimentos através das redes sociais. - Por fim, das mais expressivas reivindicações decorrentes dos protestos dos movimentos de junho do ano passado pode-se concluir que, para atendê-las, o Estado brasileiro (instituições federais, estaduais e municipais) deveria concentrar seus investimentos preponderantemente, quase exclusivamente - em saúde, educação e segurança pública. Ora, isso conduz o Estado nacional para muito perto do que a esquerda brasileira condena: o “Estado mínimo” no caso, dirigido prioritariamente para saúde, educação e segurança pública. Ademais, isso contraria o comportamento político tradicional do setor público que põe, por exemplo, os cargos de funcionalismo comissionado os suntuosos edifícios públicos e o asfalto de estradas como primeiras prioridades de governo. A sociedade viveu naquele momento de ilusões. Por este contexto, usamos do fato, é preciso caminhar, sem parar no sentido de empreender consciências elementar e racional, mesmo pouco distante da realidade social do país, onde as camadas sociais de menor projeção econômica se protegem com o fanatismo da força populista do governo que ora se estabelece.

Antônio Scarcela Jorge.

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