No rádio e Tv, ela anunciou reajuste do bolsa família e de tabela do ir.
Partido quer ainda investigação do ministro da secretaria de comunicação.
O deputado Carlos Sampaio
(PSDB-SP), coordenador jurídico do PSDB, protocolou nesta segunda-feira (5)
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) requerimento contra a presidente Dilma
Rousseff por suposta propaganda eleitoral antecipada no pronunciamento feito do
Dia do Trabalhador. Na ocasião, a presidente anunciou, em cadeia nacional de
rádio e TV, a correção de 4,5% da tabela do imposto de renda e reajuste de 10%
dos benefícios do Bolsa Família de 36 milhões de pessoas integrantes do
programa Brasil sem Miséria.
De acordo com a representação do
PSDB, Dilma usou o pronunciamento para fazer propostas para um “futuro
governo”, ataques a adversários, e “pedido explícito de voto”.
“Houve propaganda eleitoral no
pronunciamento da senhora presidente da República, na medida em que ocorreu
veiculação de manifestação em período vedado por lei. Tal pronunciamento levou
ao conhecimento geral a candidatura pública e notória da representada, além de
identificar as ações políticas que pretende desenvolver”, diz o documento do
partido de oposição.
“Acresce que a representada se
posicionou como mais apta a exercer o mandato de presidente da República,
inclusive ao atacar, incisivamente, seus adversários”, complementou Carlos
Sampaio, na representação.
Ao final do texto, o tucano pede
que Dilma seja multada pela conduta e impedida de realizar pronunciamentos
semelhantes. Além do requerimento no TSE, o PSDB anunciou que entrará com
pedido para que a Procuradoria-Geral da República investigue o ministro da
Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, por suposta prática de
improbidade administrativa na veiculação da propaganda.
De acordo com Sampaio, a
propaganda eleitoral fora do período determinado pela legislação também
caracteriza a prática de improbidade, por ferir, segundo ele, os princípios da
“impessoalidade” e do dever de lealdade para com a Constituição Federal.
“Ao pessoalizar os atos de
governo, a presidente Dilma esquece que o patrimônio público pertence ao povo
brasileiro e não a ela própria e a seu grupo político. Isso é inconstitucional,
ilegal e imoral”, afirmou o deputado.
OUTRA AÇÃO.
No Senado, o líder do DEM, José
Agripino (RN), anunciou que o partido entrará junto ao Ministério Público
Federal com uma ação de improbidade administrativa contra a presidente. Com o
pronunciamento em cadeia nacional, de acordo com o senador, Dilma Rousseff usou
dinheiro público em benefício de sua candidatura à reeleição. A ação também
será assinada pelo PSDB.
A cadeia de rádio e televisão não é gratuita. Ela tem custo. As empresas de rádio e televisão deixam de pagar Imposto de Renda correspondente ao custo da veiculação da matéria para autoridades. “Portanto é o contribuinte que está pagando pelo pronunciamento”, declarou Agripino.
A cadeia de rádio e televisão não é gratuita. Ela tem custo. As empresas de rádio e televisão deixam de pagar Imposto de Renda correspondente ao custo da veiculação da matéria para autoridades. “Portanto é o contribuinte que está pagando pelo pronunciamento”, declarou Agripino.
Fonte: G1, em Brasília.
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