sexta-feira, 30 de maio de 2014

COMENTÁRIO - JOÃO BATISTA PONTES

 COMENTÁRIO
João Batista Pontes.

A sociedade brasileira deveria estar vivenciando um momento de alegria e entusiasmo, ante à proximidade de realização em nosso País de um dos maiores eventos esportivos internacionais – a copa do mundo de futebol. Ao contrário, o momento atual está sendo de apreensão, medo e expectativa sombria, devido às manifestações de vândalos que estão ocorrendo no País, cujo único propósito parece ser o de manter a população em clima de terror. 
Não bastasse o absurdo dessas manifestações violentas, estamos ainda assistindo a atos de oportunismo inaceitável: movimentos grevistas em setores essenciais para a sociedade, a exemplo do transporte público, segurança pública, educação etc, quase sempre seguidos de violência. É um absurdo que, num delicado momento como este, quando a atenção do mundo inteiro se volta para o nosso País e a sociedade clama por paz, agentes públicos vinculados a órgãos de segurança declarem-se em greve. Trata-se de uma demonstração de total descompromisso desses agentes com a população e com o País. Os interesses de classe, corporativos, estão se sobrepondo aos interesses sociais, fato que causa profunda indignação e merece o repúdio veemente da sociedade brasileira. Deflagrar greve em um momento socialmente conturbado como o atual é um desserviço à sociedade e de um oportunismo condenável. No caso de agentes voltados à segurança pública, que tem a nobre missão se assegurar a ordem pública, a paz e a tranquilidade da sociedade, pode até ser considerado um verdadeiro crime de “lesa-pátria”. É inegável - e próprio da democracia - que todos têm o direito de defender os seus interesses. No entanto, existem outros valores, também democráticos, que deveriam ser observados, dentre eles a paz e a segurança da sociedade. Infelizmente, defendem-se todos os interesses - de classes, políticos, corporativos etc -, menos o interesse da sociedade. Neste contexto, não se pode deixar de elogiar e enaltecer a atual postura das Forças Armadas Brasileiras, que nos têm dado provas de haver alcançado elevada consciência da sua nobre missão de defesa da Pátria, de garantia dos poderes constitucionais, da democracia e do povo brasileiro, sem se deixar envolver nesses movimentos de nítido caráter oportunista. Isto a despeito dos graves problemas de valorização e remuneratórios que também sofrem os seus integrantes.

 *João Batista Pontes – novarrussense – funcionário (inativo) do senado - escritor – geólogo – sociólogo - matemático – bacharelando em Direito. – Residente em Brasília DF.


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