João
Batista Pontes.
A sociedade brasileira deveria
estar vivenciando um momento de alegria e entusiasmo, ante à proximidade de
realização em nosso País de um dos maiores eventos esportivos internacionais –
a copa do mundo de futebol. Ao contrário, o momento atual está sendo de
apreensão, medo e expectativa sombria, devido às manifestações de vândalos que
estão ocorrendo no País, cujo único propósito parece ser o de manter a
população em clima de terror.
Não bastasse o absurdo dessas manifestações
violentas, estamos ainda assistindo a atos de oportunismo inaceitável:
movimentos grevistas em setores essenciais para a sociedade, a exemplo do
transporte público, segurança pública, educação etc, quase sempre seguidos de
violência. É um absurdo que, num delicado momento como este, quando a atenção
do mundo inteiro se volta para o nosso País e a sociedade clama por paz,
agentes públicos vinculados a órgãos de segurança declarem-se em greve.
Trata-se de uma demonstração de total descompromisso desses agentes com a
população e com o País. Os interesses de classe, corporativos, estão se
sobrepondo aos interesses sociais, fato que causa profunda indignação e merece
o repúdio veemente da sociedade brasileira. Deflagrar greve em um momento
socialmente conturbado como o atual é um desserviço à sociedade e de um
oportunismo condenável. No caso de agentes voltados à segurança pública, que
tem a nobre missão se assegurar a ordem pública, a paz e a tranquilidade da
sociedade, pode até ser considerado um verdadeiro crime de “lesa-pátria”. É inegável - e próprio da democracia - que todos têm o direito de defender os
seus interesses. No entanto, existem outros valores, também democráticos, que
deveriam ser observados, dentre eles a paz e a segurança da sociedade.
Infelizmente, defendem-se todos os interesses - de classes, políticos,
corporativos etc -, menos o interesse da sociedade. Neste contexto, não se
pode deixar de elogiar e enaltecer a atual postura das Forças Armadas
Brasileiras, que nos têm dado provas de haver alcançado elevada consciência da
sua nobre missão de defesa da Pátria, de garantia dos poderes constitucionais,
da democracia e do povo brasileiro, sem se deixar envolver nesses movimentos de
nítido caráter oportunista. Isto a despeito dos graves problemas de valorização
e remuneratórios que também sofrem os seus integrantes.
*João Batista Pontes –
novarrussense – funcionário (inativo) do senado - escritor – geólogo –
sociólogo - matemático – bacharelando em Direito. – Residente em Brasília DF.
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