sexta-feira, 16 de maio de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'SEXTA-FEIRA' 16 DE MAIO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

BRASIL SEM MISÉRIA, NO ENTANTO EXISTE FOME.

Nobres:
Apesar dos dados estatísticos conflitam com a situação de miséria estimada por organizações credenciadas. Ações direcionais ao nordeste, onde esta faixa se concentram em função do protecionismo político dos últimos governos que condicionam os programas sociais para um retorno que interaja a manutenção do modernismo “currais eleitorais” e ainda que considerando, que todos são trabalhadores rurais (???), onde o imperativo dos pelegos se transformam em agentes a serviço do governo. Por esta razão  onde estimam a outra atividade (de não fazer nada) em sentido generalizado ocasionado com os sucessivos pleitos eleitorais, evidenciam o choque existente a racionalidade. Em consequência, o governo define como pobre extremo quem tem menos de R$ 70 por mês. Assim, olhando apenas para a renda média das pessoas entrevistadas, de R$ 626, ou para a renda média de suas famílias, de R$ 1.178, não acharíamos que elas vivem com dificuldades essenciais, mesmo levando em conta que 41% das pessoas entrevistadas recebem o Bolsa Família (valor médio de R$ 66). Seguindo nossas estatísticas oficiais, há poucos pobres extremos. No entanto, quando olhamos para como as pessoas vivem, entramos em outra realidade. Aqui no Ceará quase metade das pessoas ainda vive em moradias que não são de alvenaria acabada, e dois em dez, trabalham sem carteira assinada. Além disso, existe o estatístico formal de outra realidade que complementam o estado de miséria da população. Ao aplicarmos os dados da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, verificamos que quase oito em 10 pessoas sofrem algum tipo de insegurança alimentar, um número surpreendente (quase quatro em 10) tem insegurança alimentar do tipo grave. Mas o que isso significa? Significa que a política pública contra a pobreza extrema, focada em valores monetários, constrói uma política sem lastro conceitual, na qual pessoas consideradas “sem miséria” pelas estatísticas oficiais podem na prática ainda viver sobre a pressão de conseguir o alimento no seu dia a dia.. Assim, o mundo da pobreza extrema nas regiões vulneráveis de parece ser ainda o mundo onde o alimento diário é incerto. Precisamos ter estatísticas que reflitam concretamente as dificuldades por que as pessoas passam, sob pena de vivermos em um país “sem miséria” no qual as pessoas ainda passem fome, “traduzindo” a real situação do nosso povo distanciado da realidade estatística de nossos dias.
Antônio Scarcela Jorge.



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