COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
BRASIL SEM MISÉRIA, NO ENTANTO EXISTE
FOME.
Nobres:
Apesar dos dados estatísticos
conflitam com a situação de miséria estimada por organizações credenciadas.
Ações direcionais ao nordeste, onde esta faixa se concentram em função do
protecionismo político dos últimos governos que condicionam os programas
sociais para um retorno que interaja a manutenção do modernismo “currais
eleitorais” e ainda que considerando, que todos são trabalhadores rurais (???),
onde o imperativo dos pelegos se transformam em agentes a serviço do governo.
Por esta razão onde estimam a outra
atividade (de não fazer nada) em sentido generalizado ocasionado com os
sucessivos pleitos eleitorais, evidenciam o choque existente a racionalidade.
Em consequência, o governo define como pobre extremo quem tem menos de R$ 70
por mês. Assim, olhando apenas para a renda média das pessoas entrevistadas, de
R$ 626, ou para a renda média de suas famílias, de R$ 1.178, não acharíamos que
elas vivem com dificuldades essenciais, mesmo levando em conta que 41% das
pessoas entrevistadas recebem o Bolsa Família (valor médio de R$ 66). Seguindo
nossas estatísticas oficiais, há poucos pobres extremos. No entanto, quando
olhamos para como as pessoas vivem, entramos em outra realidade. Aqui no Ceará
quase metade das pessoas ainda vive em moradias que não são de alvenaria
acabada, e dois em dez, trabalham sem carteira assinada. Além disso, existe o
estatístico formal de outra realidade que complementam o estado de miséria da
população. Ao aplicarmos os dados da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar,
verificamos que quase oito em 10 pessoas sofrem algum tipo de insegurança
alimentar, um número surpreendente (quase quatro em 10) tem insegurança
alimentar do tipo grave. Mas o que isso significa? Significa que a política
pública contra a pobreza extrema, focada em valores monetários, constrói uma
política sem lastro conceitual, na qual pessoas consideradas “sem miséria”
pelas estatísticas oficiais podem na prática ainda viver sobre a pressão de
conseguir o alimento no seu dia a dia.. Assim, o mundo da pobreza extrema nas
regiões vulneráveis de parece ser ainda o mundo onde o alimento diário é incerto.
Precisamos ter estatísticas que reflitam concretamente as dificuldades por que
as pessoas passam, sob pena de vivermos em um país “sem miséria” no qual as
pessoas ainda passem fome, “traduzindo” a real situação do nosso povo
distanciado da realidade estatística de nossos dias.
Antônio Scarcela Jorge.
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