terça-feira, 13 de maio de 2014

JUSTIÇA ELEITORAL TENTA FORMALIZAR A LEGISLAÇÃO PERTINENTE

 PARTIDOS PODEM SER PUNIDOS SE CUSTEAREM DEFESA DE MENSALEIROS COM FUNDO PARTIDÁRIO.

SÃO PAULO - O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, criticou nesta segunda-feira o uso de recursos do Fundo Partidário para custear a defesa de políticos envolvidos em crimes. Segundo ele, é um gasto "esdrúxulo", que pode ser punido até com a suspensão do partido no rateio dos recursos públicos. O jornal “O Estado de S. Paulo” divulgou nesta segunda-feira que escritórios de advocacia que defendem mensaleiros receberam pagamentos de partidos como o PT e o PR. De acordo com a reportagem, o PT afirmou que os repasses aos escritórios foram feitos por serviços prestados ao partido e não para a defesa de políticos em casos criminais. Já o PR admitiu ter usado o Fundo Partidário para custear a defesa de seus dirigentes em processos criminais, informou o jornal.

- Presume-se que o Fundo Partidário vise beneficiar o partido, tornar o partido, portanto, mais acatado pelos cidadãos eleitores. Mas a lei, ela é categórica quanto à utilização do Fundo Partidário. Indaga-se: tem-se alguma cláusula que viabilize essa interpretação? Pode-se utilizar a verba do fundo, essas verbas são públicas, para o pagamento de honorários visando defender esse ou aquele integrante do partido político? A resposta é desenganadamente negativa. Não há norma que autorize esse gasto. Esse gasto é um gasto esdrúxulo, extravagante.

Para Marco Aurélio Mello, os partidos podem ser punidos pelo uso das verbas nesse tipo de atividade:

- Podem (ser punidos) porque a própria lei prevê essa punição, inclusive chegando-se não só ao recolhimento dos valores como, também, se for o caso, a suspensão da participação no rateio do fundo partidário - disse o presidente do TSE, em entrevista depois de participar do Fórum Momento Mulher, em São Paulo.

Fonte: Agência Brasil.

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