DISTÂNCIA ENTRE DILMA E
AÉCIO É DE 17 PONTOS
O candidato tucano variou quatro pontos
percentuais para cima e a presidente um ponto para baixo.
São Paulo. A
distância que separa o pré-candidato do PSDB à Presidência da República,
senador Aécio Neves, da líder da corrida eleitoral, a presidente Dilma Rousseff
(PT), caiu aumentando as chances de a disputa ser decidida no segundo turno
mostrou ontem a pesquisa Datafolha.
A diferença era de 22 pontos na
pesquisa anterior e caiu para 17 agora. Aécio subiu para 20% das intenções de
voto, ante os 16% registrados no início de abril, enquanto Dilma oscilou para
baixo um ponto percentual, para 37%. O terceiro colocado, o pré-candidato do
PSB, Eduardo Campos, passou para 11% por cento (ante 10%). A margem de erro da
pesquisa é de dois pontos percentuais.
Embora tenha oscilado dentro da margem
de erro da pesquisa entre abril e maio, quando comparado com a sondagem de
fevereiro Dilma perdeu sete pontos percentuais.
Somados, os números de Aécio e Campos e dos demais pré-candidatos, que têm intenções de voto entre um e três por cento, chegam a 38% contra os 37% da presidente, daí as maiores chances de segundo turno. No início de abril, eram 38% por cento para Dilma e 32% para os demais candidatos.
A pesquisa mostrou também que caiu a diferença a favor de Dilma num eventual segundo turno contra Aécio, passando para 47% a 36%, ante 50% a 31% em abril. Contra Campos, o placar foi para 49% a 32%, ante 51% a 27%.
O Datafolha ouviu 2.844 pessoas
entre quarta e quinta-feira, em 174 municípios. A margem de erro é de dois
pontos percentuais. A queda de Dilma pelo Datafolha entre fevereiro e agora é
praticamente a mesma da pesquisa MDA para a Confederação Nacional do Transporte
(CNT), que mostrou a presidente com 37% das intenções de voto no final de
abril, em comparação com 43,7% em fevereiro. Nessa pesquisa, Aécio apareceu com
21,6%, ante 17%.
Em outro levantamento, do
instituto Sensus, divulgado no início deste mês, Dilma aparece com 35%, seguida
pelo tucano com 23,7% e Campos com 11%.
O levantamento do Datafolha
acontece depois que a presidente buscou reagir à perda de terreno na corrida
eleitoral. Um de seus principais movimentos foi o pronunciamento à nação na
véspera do 1º de Maio, quando anunciou um aumento nos benefícios do Bolsa
Família e uma correção na tabela do Imposto de Renda. Ao comentar a pesquisa,
Eduardo Campos considerou o fato de 25% do eleitorado conhecê-lo um bom sinal e
indicou esperar aumentar sua intenção de voto com a campanha.
Cenário com
Lula
O cenário que mostra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do PT no lugar de Dilma
teria definição no primeiro turno, com o petista tendo 49% das intenções de
voto, Aécio com 17%, Campos com 9% e os demais candidatos com 6%.
Segundo o Datafolha, 58% acham que Lula deveria ser o candidato do PT, enquanto 19% defendem o nome de Dilma - 18% disseram não saber e 5% acham que nenhum dos dois deveria ser o candidato.
Segundo o Datafolha, 58% acham que Lula deveria ser o candidato do PT, enquanto 19% defendem o nome de Dilma - 18% disseram não saber e 5% acham que nenhum dos dois deveria ser o candidato.
O percentual que gostaria de ver
Lula candidato aumenta para 75% quando os entrevistados são eleitores do PT,
contra apenas 23% que apoiam Dilma. Do lado positivo, a avaliação do governo
manteve-se praticamente a mesma de abril: ótimo/bom com 35% (era 36%), regular
com 38% (39%) e ruim/péssimo com 26% (25%).
Resposta
A presidente Dilma Rousseff fez uma defesa, ontem, da política de subsídios do governo federal a determinados setores econômicos - que foi alvo de críticas de Aécio Neves.
A presidente Dilma Rousseff fez uma defesa, ontem, da política de subsídios do governo federal a determinados setores econômicos - que foi alvo de críticas de Aécio Neves.
O tucano e o economista Armínio
Fraga, que tem trabalhado no plano de governo de Aécio, deram entrevistas
recentes em que disseram que o subsídio a empresas brasileiras por meio de bancos
públicos “passou a ser a regra” no Brasil, e seria “exagerado”. Os tucanos
defendem que “não é normal” que um banco público empreste dinheiro para grandes
empresas a 3,5% ao ano, enquanto a inflação média é de 6%.
Em cerimônia oficial em Curitiba, para anunciar obras de mobilidade, Dilma defendeu os subsídios por duas vezes, “ao contrário do que alguns querem”.
Em cerimônia oficial em Curitiba, para anunciar obras de mobilidade, Dilma defendeu os subsídios por duas vezes, “ao contrário do que alguns querem”.
“Subsídio é necessário para o
Brasil, sim. Há que se subsidiarem vários segmentos. Porque senão não tem
obra”, afirmou.
Depois da reação de setores da
indústria, Aécio recuo e declarou que iria manter o crédito subsidiado de
bancos públicos para compra de máquinas e equipamentos.
Petrobras e energia.
Petrobras e energia.
O tucano afirmou ontem que o
crescimento nas pesquisas se deve à gestão da Petrobras. “As denúncias de
corrupção influenciaram (no resultado da pesquisa). Afinal, uma quadrilha
estava levando a Petrobras à situação de insolvência e a população está vendo
isso”, disse. Segundo Aécio, porém, as pesquisas não são a eleição.
Já o pré-candidato do PSB à
Presidência cobrou responsabilidade do governo federal e disse que o Executivo
não pode mentir à população sobre a real situação do setor energético para
priorizar seus objetivos eleitorais.
Em entrevista coletiva no
intervalo de um encontro com membro da coligação PSB-Rede-PPS-PPL para discutir
questões energéticas, Campos disse que o setor vive seu pior momento na
história, pior inclusive que no governo do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), e citou cálculos que apontam 46% de risco de racionamento de
energia.
“É quase como jogar um cara-e-coroa”, criticou o presidenciável socialista, que responsabilizou diretamente a presidente Dilma Rousseff pela situação.
“É quase como jogar um cara-e-coroa”, criticou o presidenciável socialista, que responsabilizou diretamente a presidente Dilma Rousseff pela situação.
Fonte: Web.
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