sábado, 10 de maio de 2014

SUCESSÃO PRESIDENCIAL, REELEIÇÃO DE DILMA PESQUISA DATAFOLHA - INTENÇÃO DE VOTOS

 PESQUISA DATAFOLHA
DISTÂNCIA ENTRE DILMA E AÉCIO É DE 17 PONTOS

O candidato tucano variou quatro pontos percentuais para cima e a presidente um ponto para baixo.

São Paulo. A distância que separa o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, da líder da corrida eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT), caiu aumentando as chances de a disputa ser decidida no segundo turno mostrou ontem a pesquisa Datafolha.

A diferença era de 22 pontos na pesquisa anterior e caiu para 17 agora. Aécio subiu para 20% das intenções de voto, ante os 16% registrados no início de abril, enquanto Dilma oscilou para baixo um ponto percentual, para 37%. O terceiro colocado, o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, passou para 11% por cento (ante 10%). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Embora tenha oscilado dentro da margem de erro da pesquisa entre abril e maio, quando comparado com a sondagem de fevereiro Dilma perdeu sete pontos percentuais.

Somados, os números de Aécio e Campos e dos demais pré-candidatos, que têm intenções de voto entre um e três por cento, chegam a 38% contra os 37% da presidente, daí as maiores chances de segundo turno. No início de abril, eram 38% por cento para Dilma e 32% para os demais candidatos.

A pesquisa mostrou também que caiu a diferença a favor de Dilma num eventual segundo turno contra Aécio, passando para 47% a 36%, ante 50% a 31% em abril. Contra Campos, o placar foi para 49% a 32%, ante 51% a 27%.

O Datafolha ouviu 2.844 pessoas entre quarta e quinta-feira, em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A queda de Dilma pelo Datafolha entre fevereiro e agora é praticamente a mesma da pesquisa MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que mostrou a presidente com 37% das intenções de voto no final de abril, em comparação com 43,7% em fevereiro. Nessa pesquisa, Aécio apareceu com 21,6%, ante 17%.

Em outro levantamento, do instituto Sensus, divulgado no início deste mês, Dilma aparece com 35%, seguida pelo tucano com 23,7% e Campos com 11%.

O levantamento do Datafolha acontece depois que a presidente buscou reagir à perda de terreno na corrida eleitoral. Um de seus principais movimentos foi o pronunciamento à nação na véspera do 1º de Maio, quando anunciou um aumento nos benefícios do Bolsa Família e uma correção na tabela do Imposto de Renda. Ao comentar a pesquisa, Eduardo Campos considerou o fato de 25% do eleitorado conhecê-lo um bom sinal e indicou esperar aumentar sua intenção de voto com a campanha.

Cenário com Lula
O cenário que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do PT no lugar de Dilma teria definição no primeiro turno, com o petista tendo 49% das intenções de voto, Aécio com 17%, Campos com 9% e os demais candidatos com 6%.

Segundo o Datafolha, 58% acham que Lula deveria ser o candidato do PT, enquanto 19% defendem o nome de Dilma - 18% disseram não saber e 5% acham que nenhum dos dois deveria ser o candidato.

O percentual que gostaria de ver Lula candidato aumenta para 75% quando os entrevistados são eleitores do PT, contra apenas 23% que apoiam Dilma. Do lado positivo, a avaliação do governo manteve-se praticamente a mesma de abril: ótimo/bom com 35% (era 36%), regular com 38% (39%) e ruim/péssimo com 26% (25%).

Resposta

A presidente Dilma Rousseff fez uma defesa, ontem, da política de subsídios do governo federal a determinados setores econômicos - que foi alvo de críticas de Aécio Neves.
O tucano e o economista Armínio Fraga, que tem trabalhado no plano de governo de Aécio, deram entrevistas recentes em que disseram que o subsídio a empresas brasileiras por meio de bancos públicos “passou a ser a regra” no Brasil, e seria “exagerado”. Os tucanos defendem que “não é normal” que um banco público empreste dinheiro para grandes empresas a 3,5% ao ano, enquanto a inflação média é de 6%.

Em cerimônia oficial em Curitiba, para anunciar obras de mobilidade, Dilma defendeu os subsídios por duas vezes, “ao contrário do que alguns querem”.

“Subsídio é necessário para o Brasil, sim. Há que se subsidiarem vários segmentos. Porque senão não tem obra”, afirmou.

Depois da reação de setores da indústria, Aécio recuo e declarou que iria manter o crédito subsidiado de bancos públicos para compra de máquinas e equipamentos.

Petrobras e energia.

O tucano afirmou ontem que o crescimento nas pesquisas se deve à gestão da Petrobras. “As denúncias de corrupção influenciaram (no resultado da pesquisa). Afinal, uma quadrilha estava levando a Petrobras à situação de insolvência e a população está vendo isso”, disse. Segundo Aécio, porém, as pesquisas não são a eleição.

Já o pré-candidato do PSB à Presidência cobrou responsabilidade do governo federal e disse que o Executivo não pode mentir à população sobre a real situação do setor energético para priorizar seus objetivos eleitorais.

Em entrevista coletiva no intervalo de um encontro com membro da coligação PSB-Rede-PPS-PPL para discutir questões energéticas, Campos disse que o setor vive seu pior momento na história, pior inclusive que no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e citou cálculos que apontam 46% de risco de racionamento de energia.

“É quase como jogar um cara-e-coroa”, criticou o presidenciável socialista, que responsabilizou diretamente a presidente Dilma Rousseff pela situação.

Fonte: Web.

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