terça-feira, 27 de maio de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA 27 DE MAIO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

A CAPITALIZAÇÃO DO POVÃO.

Nobres:
Como todo o brasileiro tem em idéia ser técnico de futebol e na área econômica a ter que dar o seu parecer em função da economia atingir diretamente “o seu bolso” tipos reflexos paulatinamente acentua o seu cotidiano.  Neste atalho momentâneo que expectativa, primeiro pela escolha de seus candidatos especialmente à presidência e ao governo do Estado pelos seus atuais governantes na certeza que serão referendados pelo povo, como de costume, eu indico e povo obedece! Deixando de lado um problema de larga evidência que nos aproxima assustadoramente: a acentuada instabilidade da economia que nos cerca. Neste aspecto é sempre simplista atribuir apenas ao governante de plantão o bom desempenho econômico, como também é simplismo culpar exclusivamente o governo pelos problemas. A presidente Dilma já está sofrendo o efeito invertido da mania de seu partido em atribuir à suposta genialidade de Lula o bom desempenho do Brasil nas contas externas até 2008. Os adversários de Dilma dirão que se o governo do PT foi o arauto do êxito, esse mesmo governo é também culpado pelos graves problemas que estão afetando o balanço de pagamentos. Nem uma coisa nem outra. Nem Lula foi o gênio responsável pelos bons ventos das contas externas nem Dilma é culpada sozinha pelos problemas atuais, ainda que erros venham ocorrendo. Ao acumular reservas cambiais em total superior à dívida externa brasileira, Lula tratou de espalhar aos quatro ventos que seu governo salvou o Brasil da falência. Isto é o que diz fundamentalistas do lulopetismo que moram por aqui na região na tentativa de sempre levar o povo na enganação; alías, este povo mesmo é, gostar de se enganar! “Pois bem” apreciamos isentos de parcialidade ao estimar essa conquista, somente foi possível porque Lula se beneficiou de quatro eventos positivos, dois deles herdados de FHC (o controle da inflação e a desvalorização cambial), um deles vindo do mercado internacional, a elevação surpreendente dos preços das exportações brasileiras, sobretudo em função do aumento do consumo na China e o quarto resultante do mérito do Banco Central em seu governo o respeito às regras cambiais e à política de abertura ao exterior.  A presidente Dilma não teve a mesma sorte. O quadro internacional mudou, a crise financeira dos Estados Unidos em 2007/2008 travou o fluxo de capitais, a crise europeia disseminou pânico nos mercados e a China reduziu seu crescimento e as importações.  Quando um país apresenta déficits em suas relações com o exterior, há somente duas formas de pagar a conta: tomar empréstimos em dólar no mercado internacional o que eleva a dívida externa ou receber dólares do resto mundo para investimentos diretos construção de empresas ou para aplicações em ativos financeiros nacionais. Mas o mundo não se dispõe a financiar eternamente um país com déficit em suas relações com outros países, sobretudo quando esse país, apesar de suas vantagens, apresenta problemas internos de toda espécie entre outras manifestações em que o governo teima e tenta repassar para o povo que as mobilizações são circunstanciais e estão sendo promovidas pelos grupos de agitadores. Essas ações são bem capitalizadas por especialistas internacionais ligados a realidade premente em vista disso são   capazes de desestimular os investidores estrangeiros, como é o caso do Brasil. É assustador o silêncio dos políticos, especialmente dos parlamentares aportados no Congresso Nacional, a respeito do balanço de pagamentos, quando os problemas nessa área podem ser o divisor de águas entre o sucesso e o fracasso. Infelizmente é o que temos a esperar.

Antônio Scarcela Jorge.

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