‘TEVE ENFARTE DO MIOCÁRDIO’.
São Paulo. O cantor Jair Rodrigues, aos 75 anos, foi vítima de enfarte do
miocárdio, revelou seu assessor, Giuliano Spadari. Ele foi encontrado morto na
sauna de sua casa, em Cotia (SP), ontem pela manhã. De acordo com Spadari, Jair
costumava fazer sauna pelas manhãs. Ontem, os funcionários perceberam que ele
demorava muito, foram verificar e ele estava caído no chão.
O velório do corpo de Jair
Rodrigues estava previsto para começar ontem às 19 horas, na Assembleia
Legislativa de São Paulo. O enterro será hoje, às 11 horas, no Cemitério
Gethsemani. Ele é pai dos cantores Jair Oliveira e Luciana Mello.
Jair não sofria de nenhuma doença
grave e tinha na agenda uma série de shows confirmados até o fim de julho. Um
projeto que o animava foi comemorado com o amigo Pedro Mariano, enquanto
almoçavam juntos sábado. Jair dizia que faria turnê pela Alemanha com outros
artistas. Estava radiante, festejava como se fosse o primeiro show. "Ele
dizia como ia o lançamento dos novos discos ('Samba Mesmo', um álbum duplo) e
falava desta turnê. Seriam 25 ou 28 shows pela Europa", disse Pedro.
Jair Rodrigues era mais que o
"gente boa" reconhecido na música brasileira e sua importância vai
além das proezas da voz. Ele quebrou o formalismo que havia nos palcos da
pós-Era do Rádio. Antes, era cantor de um lado, plateia de outro e um microfone
no meio. Jair, ao libertar-se, desceu do púlpito para tocar os fãs e mostrar
que eles também faziam parte do show. Algo impensável até meados dos anos1960.
Jair tomava o palco por inteiro e cantava cada música como se o mundo fosse
acabar naquela noite.
Homenagens
A página da presidente Dilma
Rousseff (PT) no Facebook divulgou uma foto do cantor imortalizado como
intérprete da canção "Disparada", de Geraldo Vandré. "Por que
gado a gente marca/ Tange, ferra, engorda e mata/ Mas com gente é
diferente", informa a foto com o ano de nascimento e de morte de Jair. Com
essa música, foi o vencedor do Festival da Canção de 1966, empatado com "A
Banda", de Chico Buarque. "Eu o chamava de alegria do samba. Mais que
um cantor, ele cantava a alegria. Ninguém ficava sério com ele", lembrou
ontem o cantor e compositor Roberto Menescal.
OUTRA
MATÉRIA.
Um dos principais intérpretes da MPB desde os anos 1950, o artista morreu
aos 75 anos, em sua casa.
O cantor Jair Rodrigues morreu na
manhã de ontem, aos 75 anos, em sua casa em Cotia (Grande São Paulo). Ele deixa
a mulher, Clodine, dois filhos (Jairzinho e Luciana Mello) e quatro netos.
Segundo a assessoria da JRC Produções, empresa do músico, ele morreu por volta
das 9h30, na sauna da casa onde vivia. A causa da morte ainda não foi
divulgada.
Pai dos músicos Luciana Mello e
Jair Oliveira, ele começou sua carreira como crooner nos anos 1950. Na década
de 1960, fez sucesso na televisão como apresentador do programa "Fino da
Bossa", ao lado de Elis Regina. O cantor ainda ficou imortalizado como o
intérprete da canção composta por Geraldo Vandré "Disparada", que
venceu o Festival da Canção de 1966, empatado com "A Banda", de Chico
Buarque.
Jair Rodrigues nasceu em 6 de
fevereiro de 1939 em Igarapava (SP). Começou sua carreira no final dos anos
1950 como cantor em casas noturnas no interior do Estado.
Na década seguinte, ele começa a
se apresentar na capital paulista. “Seu primeiro disco foi gravado em 1962, com
duas músicas para a Copa do Mundo daquele ano: “Brasil Sensacional” e Marechal
da Vitória”.
"Vou de Samba com Você"
e "O Samba como Ele é", seus dois primeiros LPs, foram gravados em
1964. Foi nessa época que atingiu grande popularidade com a música "Deixa
Isso pra Lá", considerada uma das precursoras do rap brasileiro, com um
refrão falado.
Cantou pela primeira vez ao lado
de sua parceira, Elis Regina, em 1965. A dupla gravou um disco ao vivo, "Dois
na Bossa". Em 1966, Jair Rodrigues disputou o 2º Festival de Música
Popular Brasileira com a música "Disparada", de Geraldo Vandré e Téo
de Barros. Acabou em primeiro lugar, que foi dividida "A banda"
(canção de Chico Buarque), interpretada por Nara Leão.
A discografia de Jair Rodrigues
inclui 44 trabalhos, segundo o site oficial do cantor. Os discos foram gravados
entre 1964 e 2014. Neste ano, lançou os dois volumes do álbum "Sambo
Mesmo", em que homenageia gêneros como seresta e samba.
Fonte: Folhapress e Web.
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