COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
EDUCAÇÃO DECADENTE.
Nobres:
Em um país em que Vanessa
Popozuda é reverenciada pelos
intelectuais professores do nosso (des)ensino como referência da cultura
brasileira, é acinte verdadeiramente imoral para quem vê a distância dos nossos
dias. Para elevar o péssimo conceito em alusão não precisa ser um especialista
em educação para concluir que algo muito errado está acontecendo com a educação
no Brasil. A falta de um governo que estende o princípio anárquico sob sua conduta e ações. Por esta razão
recorremos a mais elementar realidade que principia e que decorre em espécie. Duas pesquisas recentes mostram resultados
desalentadores quanto à qualidade da educação brasileira. A primeira pesquisa,
feita por duas empresas britânicas, mostra que estamos na humilhante
antepenúltima posição de um grupo de 40 países. Ocupamos a 38ª posição. A
pesquisa leva em consideração quesitos básicos como nível de leitura, taxa de
alfabetização, de aprovação escolar, proficiência em ciências e matemática. A
segunda pesquisa foi feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios e foi
desenvolvida junto a um grupo de postulantes a estágios em diferentes setores
de atividade profissional. A pesquisa se baseou, entre outras questões, em um
ditado simples de não mais de 30 palavras de uso corrente no cotidiano de
qualquer pessoa, tais como: “sucesso”, “censura”, “licença”, “artificial” e
outras. Pasmem: levando em conta que quem cometia mais de sete erros seria reprovado, cerca
de 40% dos participantes da pesquisa foram reprovados. Os piores índices estão
entre os estudantes de instituições privadas de ensino. Tanto em nível médio
quanto universitário. Essa pesquisa também distribuiu os resultados por cursos. Os cursos que se
saíram melhor foram Engenharia de Controle e Automação (87,5%), Engenharia
Química (82%), Medicina Veterinária (79%), Química (77%) e Nutrição (76%). Por
outro lado, os piores índices ficaram com: Curso de Moda (75%), Secretariado
Executivo (69%), Engenharia Civil (68%) e Arquitetura e Urbanismo (64%). Agora
vem o mais triste, em especial para mim, que sou um professor em cursos de
licenciatura: o curso de Pedagogia foi o pior colocado no ranking: obteve uma
reprovação de 86%. Pedagogia, justo o curso que forma os professores que irão
trabalhar com as crianças aparece tão mal colocado. O que se pode esperar de um
profissional que tem, entre suas atribuições, a tarefa da alfabetização das
crianças e não é plenamente alfabetizado? Faz referência a uma funkeira que em
termos de cultura e da própria vida profissional não sabe nada! Como mudar os
vergonhosos índices de leitura em nosso país quando temos professores que
escrevem e que leem tão mal, como os responsáveis pela educação nos Anos
Iniciais e na Educação Infantil? Como sair deste atoleiro em que nos
encontramos na educação básica com profissionais tão mal preparados
tecnicamente e tão mal remunerados financeiramente? Sim, porque bastou ser
estabelecido um piso salarial para os professores do ensino básico para que os
governantes, das mais diferentes matizes políticas, alegassem falência de suas
contas públicas. Não sabemos o que pode acontecer com o País em termos de
educação que a cada dia “abre falência” em termos generalizados.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário