quinta-feira, 8 de maio de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'QUINTA-FEIRA' 8 DE MAIO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

AUSÊNCIA DE GERENCIAMENTO.

Nobres:
É inegável a tradição brasileira era no sentido de vedar a reeleição, espécie que na pratica constituiu o portão de entrada para o estímulo da corrupção. No entanto consolidada a regra para ser seus beneficiários diretamente os presidentes Fernando Henrique, Luiz Inácio, e agora a pretende a presidente Dilma. A quem expressa desta forma trouxe inconvenientes maiores que as eventuais conveniências. No caso a atual presidente quando escolhida por seu antecessor falava-se que era gerente das ações pela parca delicadeza com os subordinados. O atual governo prova que falta gerência ao país, basta ver o que aconteceu com o setor elétrico e o descalabro na Petrobras. Por isso, parcela de seus correligionários e amigos políticos divorciou-se da corrente que postulava sua reeleição, o que a levou a reafirmar a candidatura e ao fazê-lo afiançou que tais restrições não a demoviam. Igualmente, a oração da presidente no dia do Trabalho foi um discurso puramente eleitoral, de uma candidata à reeleição, ou seja, não foi um discurso de presidente; no mínimo foi impróprio. Ao conceder generosidades que custarão cerca de R$ 9 bilhões ao Erário não procedeu como chefe de Estado. Muitas seriam as razões pelas quais não nos parece conveniente a reeleição. De mais a mais, só por exceção um governante, por melhor e mais capaz seja, que concretize seu projeto de governo, mil surpresas embaraçam suas intenções honestas. Uma segunda eleição asseguraria o cumprimento delas? Se a primeira não garante ao eleito o atendimento de todos os projetos, por que uma reeleição teria a virtude de assegurá-la? Até onde sabemos nada autoriza a presunção. Ao contrário. Por fim, distribuir dinheiro público às vésperas da eleição é quase a confissão de que a presidente Dilma falhou na direção.

Antônio Scarcela Jorge.

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