COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
AUSÊNCIA DE GERENCIAMENTO.
Nobres:
É inegável a tradição brasileira
era no sentido de vedar a reeleição, espécie que na pratica constituiu o portão
de entrada para o estímulo da corrupção. No entanto consolidada a regra para
ser seus beneficiários diretamente os presidentes Fernando Henrique, Luiz
Inácio, e agora a pretende a presidente Dilma. A quem expressa desta forma
trouxe inconvenientes maiores que as eventuais conveniências. No caso a atual
presidente quando escolhida por seu antecessor falava-se que era gerente das
ações pela parca delicadeza com os subordinados. O atual governo prova que
falta gerência ao país, basta ver o que aconteceu com o setor elétrico e o
descalabro na Petrobras. Por isso, parcela de seus correligionários e amigos
políticos divorciou-se da corrente que postulava sua reeleição, o que a levou a
reafirmar a candidatura e ao fazê-lo afiançou que tais restrições não a
demoviam. Igualmente, a oração da presidente no dia do Trabalho foi um discurso
puramente eleitoral, de uma candidata à reeleição, ou seja, não foi um discurso
de presidente; no mínimo foi impróprio. Ao conceder generosidades que custarão
cerca de R$ 9 bilhões ao Erário não procedeu como chefe de Estado. Muitas seriam
as razões pelas quais não nos parece conveniente a reeleição. De mais a mais,
só por exceção um governante, por melhor e mais capaz seja, que concretize seu
projeto de governo, mil surpresas embaraçam suas intenções honestas. Uma
segunda eleição asseguraria o cumprimento delas? Se a primeira não garante ao
eleito o atendimento de todos os projetos, por que uma reeleição teria a
virtude de assegurá-la? Até onde sabemos nada autoriza a presunção. Ao
contrário. Por fim, distribuir dinheiro público às vésperas da eleição é quase
a confissão de que a presidente Dilma falhou na direção.
Antônio Scarcela Jorge.
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