quinta-feira, 8 de maio de 2014

DN. IDÉIAS/OPINIÃO

 DN. IDÉIAS/OPINIÃO


ENTREVISTA.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, concedeu a mais longa entrevista para a televisão brasileira ao jornalista Roberto D'Ávila, na Globonews, 23/03. Uma saraivada de perguntas foi formulada ao entrevistado, que respondeu a todas, pausadamente. Num primeiro momento, declarou que não concorrerá às eleições deste ano, mas não descartou uma possibilidade futura. A sua forte personalidade, formação ética e cultural o afastam da atividade política.
Afirmou que "o Brasil é o país dos conchavos, do tapinha nas costas, onde tudo se resolve na base da amizade" e conclui: "eu não suporto nada disso". O ministro Joaquim Barbosa, 56 anos de idade, ressaltou que ainda carrega nos ombros a pesada responsabilidade de ter sido o relator do processo AP 470, mensalão, que o classificou, como "o maior escândalo de corrupção pública da história brasileira, que tanto pode levar para a cadeia figurões da política, algo inédito, como também minimizar o descrédito na Justiça brasileira, confirmada na máxima de que poderosos não vão para a cadeia". O ministro foi enfático ao afirmar que a prisão não é suficiente para punir a corrupção brasileira. Imperiosas medidas preventivas drásticas, que doam no bolso, na carreira, no futuro dessas pessoas, que praticam corrupção, uma ampla reforma política eleitoral urge como medidas mais eficazes. Ao longo de sua entrevista observou-se, claramente, que falta ao povo brasileiro uma cultura política, cidadã, quando da escolha dos seus representantes políticos. Enfim, o ministro Joaquim Barbosa demonstrou ser um guardião da cultura jurídica brasileira.

João Gonçalves Filho (Bosco)
Da Academia Limoeirense de Letras.


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