DESAFIOS
São crescentes os desafios, na
área econômica, política e social do País. O decantado desempenho econômico não
correspondeu à expectativa, pois inexistiu crescimento econômico, as
exportações refluíram, a indústria não alavancou e, por conseguinte, o número
de empregos diminuiu. Na política, o quadro foi de permanente perplexidade,
porquanto as atividades parlamentares foram eclipsadas pela torrente de
escândalos envolvendo figurões da política nacional. A CPI do
"Cachoeira" e o julgamento do caso "mensalão" paralisaram
ou inibiram a atividade do Congresso, às voltas com o período eleitoral para
prefeitos e câmaras municipais, na antevéspera da campanha para presidente da
República, governadores e deputados.
Em razão desses fatos e de
outros, não bem esclarecidos, sequer foi aprovado o Orçamento anual do País,
cogitando-se de uma improvisação à base de medida provisória para dar cores de
legalidade às despesas da máquina administrativa. A questão do Fundo de
Participação dos Estados também não foi resolvida a tempo, nos termos
determinados pelo Supremo Tribunal Federal, criando uma situação embaraçosa e
difícil, porquanto o STF julgou como inconstitucional a forma de repasse até
então em vigor, fixando prazo, já hoje esgotado, para o Congresso definir nova
modalidade de partilha. São assim problemas deixados ao léu, sem esquecer
aqueles decorrentes da falência do sistema de saúde pública e da violência, a
ceifar a vida de inocentes. Tornava-se difícil acreditar fosse o Brasil a
"ilha da fantasia", em meio à crise de nações ricas, como os EUA e vários
países da Europa.
Eduardo Fontes
Jornalista.
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