O pré-candidato do PSB à
Presidência da República, Eduardo Campos, disse na tarde desta quarta-feira em
João Pessoa que a presidente Dilma Rousseff entregou o centro do governo às
forças políticas mais atrasadas que existem no País e que sempre foram combatidas
pelo PT. Em entrevista à rádio Correio da Paraíba FM, Campos citou como forças
políticas do atraso os senadores José Sarney, Fernando Collor de Mello e Renan
Calheiros e o deputado federal Paulo Maluf.
"Eu vi o que o PT dizia do
Sarney. E hoje, o Sarney está lá. Do Collor, o Collor está lá. Do Renan, o
Renan está lá. Do Maluf, o Maluf está lá. E cada vez mais poderosos, mandando e
tirando as forças que poderiam efetivamente levar o governo à preocupação com
rumo certo", disse Campos, acrescentando: "A gente tem o direito de
errar. Só não tem o direito de permanecer no erro quando constata que está
errado. Constatamos que o Brasil está no caminho errado. Nós saímos (do
governo) para ficar com o povo e mostrar que o Brasil vai mudar para
melhor".
No final da manhã, Campos cumpriu
agenda política em Campina Grande, o segundo maior colégio eleitoral da Paraíba
e forte reduto do PSDB. E não amenizou as críticas ao governo federal, falando
da falta de investimentos na segurança. Disse que, como governador de Pernambuco,
ele tirou Recife do primeiro lugar no ranking da violência no País em menos de
sete anos. Afirmou que o governador João Lyra Neto enfrentou a primeira greve
na PM e resolveu o problema em 24 horas.
Em João Pessoa, ele disse que o
Brasil precisa de mudanças e olhar para o futuro. "Vamos conciliar a boa
governança da economia, contendo a inflação e botando o Brasil para
crescer", afirmou. O presidenciável disse que, por outro lado, se eleito,
vai preservar programas sociais como o Bolsa Família e ampliar a escola em
tempo integral e a qualificação profissional. "Temos que cuidar das
desigualdades. O Brasil tem desigualdades muito fortes e o Nordeste as conhece
de perto", declarou.
Segundo Campos, falta ao Brasil
um rumo estratégico e diálogo federativo. "Alertamos que falta ao Brasil
um rumo estratégico e diálogo federativo. A presidenta retirou os recursos do
FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do FPE (Fundo de Participação dos
Estados), que atinge os municípios e Estados nordestinos e da região Norte. Os
municípios tinham 14% de tudo o que se arrecada no País. Hoje, só têm
11%", disse.
Ele responsabilizou a presidente
Dilma pela redução do efetivo da Polícia Federal em 3 mil homens, deixando as
fronteiras do País livres para a entrada de drogas. "Por isso, o crack
está aí, por toda parte onde a gente anda".
Fonte: Agência Estado.
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