Depoimento
foi dado à força-tarefa da Lava Jato no MPF em abril deste ano.
R$ 300 mil teriam sido pagos para a empresa Gamecorp S/A.
O delator da Operação Lava Jato Roberto Trombeta
afirmou em termo de colaboração que fez pagamentos de R$ 300 mil do Grupo Caoa
para a empresa Gamecorp S/A, que tem Lulinha, filho do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, como um dos sócios. O depoimento foi dado à força-tarefa
da Lava Jato, em Curitiba, no Ministério Público Federal (MPF), no dia 29 de
abril deste ano.
O termo de colaboração entrou nos autos da Justiça
Federal do Paraná na quarta-feira (1º). Posteriormente, o juiz Sérgio Moro
colocou o processo em sigilo
Trombeta menciona o pagamento durante oitiva sobre
sociedades offshores criadas para o Grupo Caoa. Conforme explicitado na
delação, ele foi contador de todas as empresas pertencentes ao grupo.
O grupo é investigado na Operação Acrônimo, que apura um
suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de sobre preço e inexecução de
contratos com o governo de Minas Gerais.
As irregularidades teriam tido início em 2005.
Os investigadores perguntaram a Trombeta e ao sócio
dele, Rodrigo Morales (também delator na Lava Jato), sobre outros
pagamentos “igualmente questionáveis”.
Foi neste contexto que eles revelaram que fizeram
pagamentos de R$ 300 mil para a empresa Gamecorp S/A.
Os pagamentos, de acordo com os delatores, foram
feitos “através de notas fiscais enviadas pelo departamento financeiro, no
entanto, ausentes comprovantes de execução de serviços, contratos e/ou
relatórios que acompanhassem tais pagamentos”.
A Gamecorp foi um dos alvos da 24ª fase da operação Lava Jato, que levou o ex-presidente Lula para prestar esclarecimento. Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Outro lado.
O advogado de Fábio Luís Lula da Silva afirmou, por
nota, que a Gamecorp recebeu pagamento do Grupo Caoa em virtude de inserção publicitária
em sua programação contratada pela agência que prestava serviços ao Grupo Caoa.
O advogado disse também que Lulinha é acionista indireto da Gamecorp e que os
valores recebidos foram contabilizados e os impostos pagos.
Por sua vez, o advogado do Grupo Caoa-Hyundai disse,
também por nota, que foi a agência contratada pelo grupo que fez a seleção dos
órgãos de divulgação da publicidade e que as inserções veiculadas na Gamecorp,
em 2012, por decisão da agência, foram o único relacionamento do grupo com a
Gamecorp.
Fonte: G1 – PR.
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