SCARCELA JORGE
O BRASIL ASSALTADO.
Nobres:
Em razão de o nosso País ter sido tão debilitado pela
roubalheira que os grupos políticos delinearam nestes últimos anos,
especialmente elos governos petistas a frente dos “santíssimos” Lula e Dilma. Faz-nos
estimar as palavras do ministro Gilmar Mendes um resumido anseio da maioria da
população ao que vivenciamos hoje: "Olhando-se o mal causado conjunto
formado por esse impressionante ciclo de descalabros, tem-se a viva impressão
de que nossa combalida República parece ter sido tomada de assalto por
empedernida trupe de insensatos". As expressões "ciclo de
descalabros" e "trupe de insensatos" são brandas em sua
intensidade e comedidas em sua moderação para descreverem a gravidade dos fatos
e circunstâncias reveladores de engenhosa máquina de corrupção concebida com
artifício e destreza e que transformaram o Estado Brasileiro em um balcão de
negócios como nunca visto antes. A historiografia brasileira registra ciclos de
promiscuidade pelas vias do corrompimento. No período colonial, o contrabando e
propinas no comércio ilegal de pau-brasil, especiarias e ouro. No Império, o
tráfico de escravos, ainda que proibido por lei. Na República a corrupção
eleitoral e a concessão de obras públicas. A primeira, como um objeto “sui
generis” de enriquecimento fácil e rápido associado ao descumprimento de
compromissos eleitorais e à influência e subordinação aos interesses de grupos
econômicos. A segunda, ligada à obtenção de contratos junto ao governo para
execução de obras públicas ou à conquista de concessões ou permissões para a
prestação de serviços públicos pelo setor privado. Atualmente, a corrupção
alcançou limites inimagináveis e os "insensatos" superaram-se fazendo
a República ruir, deixando os poderes constituídos vivendo a descrença popular
de serem capazes da "sensatez" e responsabilidade necessárias para
"limpar" e "recomeçar". Para o ministro Mendes: "O
Brasil requer políticas públicas eficientes em vez de estratégias
publicitárias. O Brasil clama por planejamento realista e execução competente,
ao invés de ilusões pirotécnicas". Com a devida vênia, reitero ser preciso
fazer da indignação dos "sensatos" o combustível para reinventar um
novo país. Fazer do "jeitinho brasileiro", do "levar vantagem em
tudo", do "rouba, mas faz", da impunidade, da falta de ética e
espírito republicano e da submissão do interesse público, práticas banidas e
tornadas um capítulo da história recente a ser lembrado de modo a não
recrudescer na futura geração sinta sensibilizada e, não repercuta a “infeliz gênese”
presente, em toda faixa etária, que está
deixando um legado de inserções incorretas jamais vista em termos de
ladroagem.
Antônio
Scarcela Jorge.
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