SCARCELA JORGE
ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE OUTUBRO PRÓXIMO.
Nobres:
É carecer inacreditável o que
passa por esta região tendo em vistas as eleições municipais de outubro. Parece
que certos políticos profissionais deste setor que ainda se alimentam da
corrupção estão se desenvolvendo como se nada acontecesse, se “fingem fortes”
com os Partidos nacionalmente esfacelados, mais aqui, continuam prepotentes
ditadores e comandantes de um processo que estão “no mundo da lua”, mas mesmo
assim, se misturam no mesmo processo defendendo seus interesses para um
“desgraçado eleitor, que compartilha desse jeito. Estes políticos profissionais
na área vivenciam “a utopia” e repassam para os eleitores, sabendo que certos
políticos estão incorrendo em prisão os que estão “metidos neste processo” caso
se o país não acatar a roubalheira em que alguns estão submergidos até a “tampa
da latrina”. Hoje por força natural passa na eleição de outubro deste ano cuja
meta é a redução de gastos de campanha, que diante da cultura corrupta desta
gente se tornará inviável e sem esta, continuaremos sem saúde, educação e
segurança. Ainda não considera que as eleições constituem fundamento basilar
para a alternância do poder, acontecimento, marco indelével da democracia. São
os municípios a célula máster da nação e, atualmente, somam-se mais de cinco
mil e seiscentos. O que devemos lastimar leitor é o direito de reeleição
assegurado nestas próximas eleições. Contrariando as regras sagradas do
Iluminismo, insensível a necessidade de oxigenação da república, desapreço a
transparência, no processo eleitoral, associado, no caso, a política, como a
arte de promover o bem-estar da comunidade, vem ele congresso fazendo ouvido
mouco ao continuísmo. Quanto mais você alterna, muda, renova o poder, mais
benefícios propicia a sociedade. De certa forma, se redime ao acabar com o
malsinado processo eleitoreiro, embora, só irá acontecer pós 2016, pois, os
atuais eleitos têm certo direito adquirido, o tenebroso estatuto da reeleição
assegura-lhes esta prerrogativa. Entrementes, constitui direito do votante,
cidadão eleitor, questionar sua legitimidade, o próprio estatuto quando foi
instituído carecia de consulta e respectiva anuência dos eleitores para gozar,
de fato, da inusitada prerrogativa, feita a sua revelia. Fugindo a toda sorte
de nebulosidade, senões, louvemos as eleições, sem elas, não há como assegurar
o funcionamento e, mesmo, aprimorar, exorcizar, vícios próprios do continuísmo,
continuísmo que, mesmo rotulado de democrático, como no poder legislativo,
trama contra a república, facilitando o aparecimento de oligarquias, nelas, as
familiocracias, ora, crescentes no país. O processo de reeleição vitalícia
permanece intocável, assegurando ao vereador, deputado, senador, quase as
mesmas regalias do feudalismo, só que, neste, a perpetuação era assegurada
pelos genes, árvore genealógica, no caso do legislativo, ela se faz pela
comercialização, compra e venda de votos. O eleitor, por falta de cultura
política, ignora que o voto é sua arma mais poderosa, para fazer funcionar bem,
o processo democrático. Para isto, mudança radical na arte viciada de votar
terá que ser feita para acabar, com o voto subserviente leniente instituindo no
seu lugar, o voto consciente sapiente, para tanto, você como eleitor, unindo a
tantos outros, de forma organizada, terá que pressionar tudo e a todos,
porquanto, os estados, seus governantes, jamais, de livre e espontânea vontade,
farão tamanha mudança, pois, seria o mesmo, que despejá-los do castelo dourado
de Abrantes, para a rua da amargura. Para lograr sucesso, a sociedade, de forma
ordeira, terá que atuar em duas frentes: na primeira, o processo deve começar
na sala de aula, investindo, com vontade soberana, em educação política, desde
o curso primário à formatura, no qual os ensinamentos deverão constar de teoria
e prática à educação política, fazer corrente, formar opinião, opinião
majoritária, apresentar chapas, promover campanhas transparentes realizando
pleitos eleições limpas, nas salas de aulas, e, assim por diante, criando amor
pela política verdadeira preparada para a vida política de sua comunidade,
consciente de seu papel no controle dos que são eleitos para bem governar o
município, estado e país. Procedendo, dessa forma, ou outra melhor, estará
preparando com maestria, as futuras gerações de eleitores, mas, e a atual,
responsável, praticante, do voto subserviente leniente? Essa que deverá votar,
mesmo, com larga abstenção, usando o voto como protesto, no pleito de outubro
próximo? Neste caso, sociedade eleitora votante, a justiça eleitoral tem o
dever, com o fim de financiamento, das campanhas nababescas, pelas empresas
jurídicas e a moralização que vem fazendo, a operação Lava Jato devassando,
como no Mensalão, a vida de toda sorte de corruptos e corruptores, de melhor
preparar, tanto candidatos ao pleito, como eleitores para as próximas eleições,
valendo-se do horário eleitoral gratuito sublimado pela promoção de cursos de
capacitação, para ambos os públicos: candidatos às eleições municipais, bem
como, os eleitores. Transcorridos quase duzentos anos de independência
política, em plena aurora do terceiro milênio, custa crer que, a grande maioria
de nossa gente, gente eleitora, nada saiba sobre política, na sua forma clássica,
verdadeira, universal: Ética a política como a arte de promover a felicidade da
comunidade, em termos singelos, promover seu progresso e bem-estar. A falta de
cultura geral e, associada a ela, a cultura política, constitui a causa
principal de tanta cegueira na escolha dos candidatos, no lugar de usar o voto
para premiar os bons governantes e, ao mesmo tempo, punir os ruins, maus, o
eleitor, movido pelo conto de sereia do discurso demagógico, ludibria a si
mesmo, elegendo, em sua maioria, maus gestores, raposos. O processo errado de
escolha, pelo sufrágio universal, com o perpassar do tempo, passou a ofuscar a
imagem da democracia, tanto interna como lá fora, o que pode ser visto em
profusão, na conjuntura atual: crescimento abaixo de zero, Inflação, gerando
desemprego, remarcação de preços assolando a população mais pobre. Mais de cem
mil empresas fecharam suas portas, com a malsinada crise, em sua quase
totalidade, pequenos empresários, enquanto tudo isso acontece, o ajuste fiscal,
equilíbrio de contas, necessário à retomada do crescimento, prossegue, em banho-maria,
compasso de espera. Governantes eleitos mal preparados para governar,
mergulharam o país na mais profunda crise econômica. Melhorar nossa imagem, lá
fora, em queda, constitui obrigação das instituições financeiras para arribar,
sair do atoleiro, sobremodo urgente, no plano interno. Em complemento,
constitui imperativo, preparar a nação para as eleições que se avizinham,
influenciando a escolha de governantes comprometidos, com a transparência,
progresso e bem-estar da sociedade, o que vem a ser obrigação de outra
instituição – a Justiça Eleitoral – não basta criticar os eleitores, pela má
escolha dos representantes, como fez o presidente do tribunal superior
eleitoral, no ano passado. Os cargos são permanentes, mas os ocupantes,
fundados no principio democrático da alternância de poder, são provisórios, por
isso, para marcar a sua passagem na instituição, valorizá-la, é preciso vestir
a camisa, arregaçar as mangas, realizando, em ano eleitoral, como este, tal
qual o ministro Joaquim Barbosa fez no STF, que ficou marcado, com o nome de
“Mensalão”, punindo lobos em pele de cordeiro, e, o juiz Sergio Moro, está
fazendo também com a operação “Lava Jato”, julgando e punindo corruptos e
corruptores, do mais elevado escalão, a Justiça eleitoral pode fazer, mobilizando,
em interação com outras instituições afins, nos estados e municípios,
mobilizando as forças vivas comunitárias, nelas, candidatos e eleitores,
capacitando-os tanto para o melhor exercício do voto, substituindo o voto
subserviente leniente pelo voto consciente sapiente, igual promoção, terá que
ser feita, com os candidatos capacitando-os, para o exercício do cargo,
cumprimento do dever cívico, ético moral, a política como a arte de promover o
bem de nossa gente, em sua maioria, gente sofrida. Promover programa dessa
natureza leitor é fazer história, a história da redenção deste país, gigante
pela própria natureza, como se canta no hino nacional, letra do Duque de
Estrada, Manoel Osório, pois, mesmo esbulhado, por corruptos e corruptores,
prospera, alimentado à esperança do povo, em sua maioria, ainda, ordeira e
laboriosa. Entretanto a classe petista e seus seguidores de autenticas sublegendas
partidárias, os “mamadores” não querem pela ordem e progresso e sim pela
anarquia e a desordem.
Antônio Scarcela Jorge.
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