Força reforçava segurança após rebeliões em presídios com 14 mortes.
Servidores deixam o Ceará para atuar na segurança da Olimpíada do Rio.
A Força Nacional de Segurança deixou o Ceará nesta
segunda-feira (27), 33 dias após a chegada para atuar nos presídios do Estado.
Os servidores atuavam nas unidades onde houve rebeliões, que resultaram na
destruição dos presídios e assassinato de 14 internos. Os 106 servidores que
estavam no Ceará foram deslocados para o Rio de Janeiro, onde vão atuar na
Olimpíada.
Os presídios passam atualmente por reforma e, segundo
o governador do Ceará, Camilo Santana, terão reforço de policiais militares até
a conclusão das obras.
"Continuamos com apoio de mais de 60 agentes de
outros estados que têm experiência nesse tipo de atuação e vamos utilizar o
reforço que foi aprovado na Assembleia que permite contratar força de segurança
e vamos utilizar servidores de folga para reforçar a atuação", afirmou o
governador Camilo Santana, nesta terça-feira (28).
Camilo participou do evento que criou a
Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, órgão que
vai administrar abrigos para adolescentes em conflito com a lei.
De acordo com o Ministério da Justiça, a Força
Nacional deixou os presídios do Ceará para atuar na Olimpíada, no Rio de
Janeiro, que começa em 5 de agosto. Eles vão fazer a segurança do público e dos
atletas nas instalações olímpicas.
Greve e rebeliões.
As rebeliões ocorreram durante e após a greve dos
agentes penitenciários. Segundo a Secretaria da Justiça, a motivação dos
conflitos foi a suspensão das visitas nas unidades prisionais. De acordo com a
Polícia Militar, os detentos quebraram cadeiras, grades, armários e queimaram
colchões em diversos presídios.
A rebelião mais recente ocorreu na noite de
segunda-feira, na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, em Caucaia,
Região Metropolitana de Fortaleza. No local foram registradas três mortes e
nenhum ferido. Policiais militares e agentes penitenciários entraram na unidade
para fazer a contenção dos detentos. Segundo os agentes, o local teve grades
arrancadas e parte das alas destruídas.
Os agentes penitenciários fizeram greve em 21 de maio
e retornaram ao trabalho no sábado, após cerca de 12h de paralisação.
A
categoria aceitou a proposta de reajuste na Gratificação por Atividades e
Riscos (Gaer), que era de 60%, para 100%. O reajuste será pago de forma
escalonada: 10% em fevereiro de 2017, 10% em janeiro de 2018 e 20% em novembro
de 2018.
Fonte: G1 – CE.
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