TEMER DIZ, PELA 'ENÉSIMA VEZ', QUE 'NINGUÉM VAI INTERFERIR NA LAVA JATO'.
Presidente
em exercício discursou em posse de presidentes de estatais.
Ele também afirmou que governo deve ser 'intransigente' com a ilegalidade.
O presidente em exercício Michel Temer disse nesta
quarta-feira (1º) que reafirma, pela "enésima vez", que não haverá
interferência de ninguém do governo na Operação Lava Jato. Ele deu a declaração
durante discurso em
evento de posse de novos presidentes de bancos públicos e órgãos
estatais.
Desde que vieram a público as gravações
feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que
registrou diálogos de políticos do PMDB, partido de Temer, criticando a Lava
Jato, opositores do presidente em exercício acusam que a gestão dele abafaria a
operação da Polícia Federal e do Ministério Público.
As gravações de Machado já levaram à queda de
dois ministros do governo Temer em menos de 10 dias: Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira
(Transparência).
"Quero revelar pela enésima vez que ninguém vai
interferir na chamada Lava Jato", disse Temer no evento, realizado no
Palácio do Planalto. "A toda hora leio uma ou outra notícia que o objetivo
é interferir. Sem nenhum deboche, digo pela enésima vez: não há a menor
possibilidade de qualquer interferência do Executivo nesta matéria",
continuou o presidente em exercício.
Ao falar para os novos gestores de sua equipe, Temer
disse também que o governo deve ser "intransigente" com tudo que não
estiver dentro da legalidade.
"Minha orientação é simples. Se resume a alguns
poucos, mas, espero, adequados conselhos. Trabalhar duro, ter o interesse
público, preservar a ética e a transparência na gestão, estimular a eficiência,
estar em sintonia com os anseios da sociedade e ser intransigente com tudo que
se afaste da legalidade", continuou Temer.
Ele ressaltou que não há espaço para um estado
"inchado e ineficiente" no Brasil e que a sociedade quer um estado
que ofereça condições para o "progresso e empreendedorismo".
"Não queremos estado mínimo nem máximo, mas
estado suficiente. E, porque suficiente, eficiente", disse o presidente em
exercício.
Gestão de
19 dias.
Temer também fez uma avaliação da sua gestão até aqui,
de 19 dias. Ele exaltou as medidas na área econômica e disse que o governo.
"Em menos de 20 dias, já apresentamos uma agenda
positiva. Reduzimos a administração pública, de modo a torná-la mais ágil e
eficiente. Obtivemos no Congresso, depois de longa discussão, a aprovação da
nova meta fiscal e estamos encaminhando ao Congresso projeto que limita
despesas e estabelece teto para os gastos públicos", afirmou Temer.
Ele afirmou que o país está "mergulhado numa das
grandes crises da sua história" e que uma série de "erros dos mais
variados ao longo do tempo" comprometeram a governabilidade e a
qualidade de vida da população. Mas ele disse que não quer falar sobre
"herança" de qualquer espécie do governo Dilma. "Vamos acabar
com esses hábitos [de culpar heranças de governos anteriores", afirmou.
Fonte: G1 – DF.
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