quarta-feira, 15 de junho de 2016

MISSÃO ESPINHOSA, DIZ O PROCURADOR


JANOT DIZ QUE 'NÃO É FÁCIL' CONDUZIR INVESTIGAÇÕES DA OPERAÇÃO LAVA JATO.


Conselheiros do MP defenderam atuação do procurador-geral em operação.
PGR ressaltou que investigação 'profissional' não tem 'ideologia' nem 'lado'.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta terça-feira (14) que, "em determinados momentos", a condução das investigações da Operação Lava Jato "não é fácil". Ele disse ainda que vai "do céu ao inferno em 24 horas" porque não pode agradar ninguém.

Ele deu a declaração durante sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na qual conselheiros defenderam a atuação de Janot na condução da Lava Jato.

"Enquanto as palavras que a mim foram dirigidas, o que eu posso dizer que nesse momento de turbilhão que a gente vive a vida de acordo com o desencadear dos fatos, é um verdadeiro carrossel. Você está do céu e ao inferno em 24 horas. Você não agrada ninguém porque a atividade de investigação você tem que descobrir e investigar profissionalmente", disse o PGR.

"O que nós temos que ser é retos na atividade do MP, independente de quem deva ser, com todo respeito e todas as garantias constitucional. Ao mesmo fato, a mesma lei. Eu agradeço as palavras de apoio e confesso que, em determinados momentos, não é fácil", ressaltou Janot.

Durante as investigações da Lava Jato, Janot foi criticado, principalmente, pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pelo senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTC-AL) pela forma como tem conduzido a operação.

Cunha, em diversas ocasiões, o acusou de ser "seletivo" ao escolher investigá-lo. O peemedebista já foi denunciado por Janot em três inquéritos da Lava Jato. Já Collor chegou a chamar o PGR de "figura tosca" e "sujeitinho à toa", além de o ter acusado de "arbitrariedade" ao investigá-lo.  O ex-presidente é alvo de seis inquéritos no STF no âmbito da Lava Jato.

Na sessão, sem citar nomes, Janot disse ainda que uma investigação "profissional não tem ideologia, lado". "Deus me livre do local em que o investigador possa escolher previamente a pessoa que quer investigar.  Isso não é democracia, não é Estado de Direito", concluiu.
Fonte: G1 – DF.

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