SCARCELA JORGE
O IMPERATIVO DA CORRUPÇÃO.
Nobres:
É inegável que o Brasil dura uma crise política e
econômica sem precedentes. Estamos diante de uma situação tão grave que já
chegamos a 11 milhões de desempregados. Diversas são as pessoas que não têm
mais condições de manter os pagamentos de seus financiamentos em dia. A
economia construída através do crédito, com a falsa ilusão de melhora na vida
das pessoas, começa a demonstrar o seu derradeiro fracasso. Aqueles milhões de
cidadãos que, supostamente, tinham saído da “pobreza” começam a sentir os
efeitos mais nefastos da situação, e com uma agravante: estando desempregados,
estão sem capacidade de arcar com seus compromissos assumidos. São milhares de
ações para apreender veículos não pagos e imóveis financiados. Os juros médios
do cartão de crédito superam os 400% ao ano. O sonho começa a se tornar
pesadelo. O segundo mandato de Dilma já começou fadado ao insucesso.
Vivenciamos um estelionato eleitoral. A arrogância, a prepotência, a
incapacidade de gestão e, sobretudo, a extraordinária incompetência política de
Dilma afloraram com maior exuberância no momento de maior tensão, ou seja, na
abertura do processo de impeachment pelo presidente da Câmara, onde ela perdeu
praticamente o apoio de todos os partidos da base aliada, dentre eles o próprio
PMDB, partido de seu vice-presidente, o atual “golpista” e “conspirador” na
visão desvirtuada de seus defensores. O próprio Supremo Tribunal Federal já
atestou que não existe golpe, e o procedimento de impedimento segue a lei e a
Constituição. Este é um momento histórico na busca por um “basta”. Um “basta”
da velha política, do jogo de favores, das mentiras, etc. Devemos apoiar
firmemente a necessária “higienização” no Congresso Nacional, colocando na
cadeia aqueles reles que, aproveitando-se do voto, utilizam da confiança do
povo para empreender malfeitos em prol de seus interesses espúrios. Dizem os
filósofos da política que tem pelo menos duas caras. A que se expõe aos olhos
do público e a que transita nos bastidores do poder. Por isso precisamos lutar
pelos interesses de nossa nação, resguardando sempre os interesses coletivos e
procurando empreender uma forte fiscalização ao Poder Público e seus gestores.
A Justiça precisa ter a necessária coragem para enfrentar os malfeitores do
colarinho branco. Temos que pressionar para que nenhum político altere as leis
visando atenuar a capacidade de investigação e produção de provas, mormente as
delações premiadas, como se ouviu nas escutas divulgadas. Não podemos deixar
que o corporativismo dos maus destrua essa necessária cruzada contra a
corrupção. É agora ou nunca.
Antônio
Scarcela Jorge.
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