sexta-feira, 17 de junho de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

MEDIDAS COGENTES DEVE TOMAR O GOVERNO.

Nobres:
Toda sociedade brasileira aquela que exercita a cidadania racional, pede o governo do Presidente Temer adotar como medidas imprescindíveis no sentido de elevar o governo do Presidente Michel Temer que hoje na condição de interino, deveria ter plena tranqüilidade para adotar medidas impactantes e impopulares, que trouxessem mudanças substanciais à estrutura na administração pública brasileira. Até porque, ninguém pode cobrar muito de alguém que assumiu um governo no meio de um turbilhão de problemas de toda ordem. Para ter o mínimo de sobrevivência, Temer precisa começar por mexer forte num vespeiro, diminuindo os cargos comissionados. Essa questão merece aprofundamento para se chegar a números mais precisos. Só como exemplo, as assembléias legislativas e as câmaras municipais têm um número muito maior de cargos comissionados do que efetivos. Existem mais de 360 mil servidores comissionados na esfera federal. Por força ampliada, essa regra não se repete em todos os órgãos federais, mas é preciso muito pragmatismo para acabar de imediato com pelo menos 300 mil desses cargos comissionados. E ainda sobrariam escandalosos mais de 60 mil que, de acordo com noticiários recentes, representam quatro vezes mais do que os dos Estados Unidos e dezenas a mais do que os cargos comissionados da França. Outra medida que traria benefícios imediatos seria a exigência do cumprimento rigoroso da carga horária por todos os servidores, com controle por meio de impressão digital. Na mesma linha, deve-se acabar com o pagamento de hora extra. Se houver estrita e inadiável necessidade, cria-se banco de horas para compensação oportuna. Também seria benéfico criar comissões internas para um levantamento sobre todos os bens da União, além de se intensificar a recuperação daqueles que tenham desaparecido ou não se tenha certeza da destinação. Pelo que se ouve, o desvio de material é mais comum do que a mídia divulga, inclusive de aparelhos caros que fazem falta nos hospitais públicos.  Outros abusos a ser combatidos são os aluguéis de prédios suntuosos e de carros, os apartamentos residenciais para políticos, as inúmeras verbas disfarçadas cujo destino final é o bolso de parlamentares. Também se deve acabar com o uso de aviões da FAB por qualquer agente público, a não ser em casos de extrema necessidade e urgência. Ainda se deveria economizar com a extinção de muitos contratos de serviços desnecessários, que são mantidos apenas pela cultura da “Casa Grande”, bem como das mordomias. Como exemplo, citaria a contratação de empresas terceirizadas de garçons, existentes em quase todos os órgãos públicos. Passar uma borracha em todos os contratos com empresas de mensageira, que são contratadas para carregar documentos, numa época em que o papel na administração pública já deveria estar praticamente adstrito aos arquivos e museus. Por fim, acabar com as solenidades meramente “condecorativas”, com concessão de medalhas, colares e outros adereços supérfluos. Poderiam ser mantidas apenas algumas muito raras, tradicionais e de simbologia nacional reconhecida. Essas medidas sinalizariam um bom começo. Mas devem ser acompanhadas de fiscalização eficiente para evitar a volta dos abusos. Em um próximo texto, apontarei sugestões de medidas de longo prazo. Por esta razão o governo é consciente e ainda acompanha esta causa, entretanto pelo forte poder do corporativismo enraizado nas Cortez de qualquer governo que se implantou, elemento impulsionador da corrupção secular no país se inviabiliza ações neste meio. De sobremodo acordada no país, o sentimento de mudanças que venham prevalecer a ética no seio dos políticos e, sobretudo instar a sobrevivência deste segmento e do próprio Brasil.
Antônio Scarcela Jorge.

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