sexta-feira, 24 de junho de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE



MEDIDAS ESSENCIAIS.

Nobres:
O presidente Michel Temer e sua equipe precisam aproveitar esse período para adotar medidas que estanquem o desequilíbrio das contas e redirecionem a máquina pública à dedução do desenvolvimento. Com a fixação do teto para gastos, o governo atual está produzindo um dos mais importantes projetos para tirar o País do buraco. O simples princípio de não poder gastar mais do que se ganha ou arrecada, conhecido e aplicado por qualquer chefe de família bem-intencionado e conhecedor das operações básicas de aritmética, também é válido para o governo e o mundo dos negócios. Assim sendo, aos governos federal, estaduais e municipais também deve ser vedada a possibilidade de gastar mais do que a matriz tributária permite arrecadar. E mais: é preciso exigir que cada tostão arrecadado se destine exatamente para a finalidade determinada, sem a possibilidade de governantes e operadores irresponsáveis desviá-lo para outras finalidades, ainda que lícitas. O corte das hordas de cabos eleitorais, fim do sustento aos ativistas apoiadores travestidos de movimentos sociais, classistas ou sindicais e de outros vícios cristalizados ao longo dos anos, é fundamental. É preciso apoiar e incentivar os que efetivamente clamam por reforma agrária, habitação e outros direitos, mas não sustentá-los como “exércitos” de militância político-ideológica. Para fazer política, existem os partidos. Bancos e empresas estatais precisam se abstiver de patrocinar congressos, eventos esportivos, reuniões ou ativismos que estejam fora de suas finalidades. Questão de respeito ao patrimônio público e estatal. Os partidos políticos têm de se sustentar exclusivamente com recursos lícitos. Todos os vícios, malícias e exageros criados ao longo das ultimas década têm de ser revistos. Governos, governantes e instituições têm de viver a realidade econômica da simples aritmética. E o Brasil, apesar de não poder parar, pelo menos nesse período que aguarda o desfecho do impeachment, precisa ser tratado como aquela empresa fechada para balanço. Só fazer o essencial e tratar da reorganização de meios, processos e finalidades, para garantir o futuro. Deste modo é que o País poderá se reerguer das crises.
Antônio Scarcela Jorge.

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