SCARCELA JORGE
MEDIDAS ESSENCIAIS.
Nobres:
O presidente Michel Temer e sua equipe precisam
aproveitar esse período para adotar medidas que estanquem o desequilíbrio das
contas e redirecionem a máquina pública à dedução do desenvolvimento. Com a
fixação do teto para gastos, o governo atual está produzindo um dos mais
importantes projetos para tirar o País do buraco. O simples princípio de não
poder gastar mais do que se ganha ou arrecada, conhecido e aplicado por
qualquer chefe de família bem-intencionado e conhecedor das operações básicas
de aritmética, também é válido para o governo e o mundo dos negócios. Assim
sendo, aos governos federal, estaduais e municipais também deve ser vedada a
possibilidade de gastar mais do que a matriz tributária permite arrecadar. E
mais: é preciso exigir que cada tostão arrecadado se destine exatamente para a
finalidade determinada, sem a possibilidade de governantes e operadores
irresponsáveis desviá-lo para outras finalidades, ainda que lícitas. O corte
das hordas de cabos eleitorais, fim do sustento aos ativistas apoiadores
travestidos de movimentos sociais, classistas ou sindicais e de outros vícios
cristalizados ao longo dos anos, é fundamental. É preciso apoiar e incentivar
os que efetivamente clamam por reforma agrária, habitação e outros direitos,
mas não sustentá-los como “exércitos” de militância político-ideológica. Para
fazer política, existem os partidos. Bancos e empresas estatais precisam se
abstiver de patrocinar congressos, eventos esportivos, reuniões ou ativismos
que estejam fora de suas finalidades. Questão de respeito ao patrimônio público
e estatal. Os partidos políticos têm de se sustentar exclusivamente com
recursos lícitos. Todos os vícios, malícias e exageros criados ao longo das ultimas década têm de
ser revistos. Governos, governantes e instituições têm de viver a realidade
econômica da simples aritmética. E o Brasil, apesar de não poder parar, pelo
menos nesse período que aguarda o desfecho do impeachment, precisa ser tratado
como aquela empresa fechada para balanço. Só fazer o essencial e tratar da
reorganização de meios, processos e finalidades, para garantir o futuro. Deste
modo é que o País poderá se reerguer das crises.
Antônio
Scarcela Jorge.
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