Ação se concentra em investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo Educacional, que teve falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio passado.
A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira sete
mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão na Operação Recomeço
que apura desvio de 90 milhões de reais dos fundos de pensão Petros, dos
funcionários da Petrobras, e Postalis, dos Correios.
As investigações miram os
crimes de gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira,
associação criminosa e negociação de títulos sem garantia suficiente. A ação
está centrada em investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo
Educacional, que teve falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio
passado. A operação envolve 60 policiais federais e foi deflagrada em conjunto
com o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a PF, foram presos um ex-diretor financeiro do
fundo Postalis, em Brasília, um homem ligado ao grupo Galileo e um dos donos da
Universidade Gama Filho, ambos no Rio de Janeiro.
<A nota da Polícia Federal não
informa nomes, mas o Ministério Público Federal (MPF) informou mais cedo que a
polícia havia pedido a prisão de Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor
financeiro do Postalis.
Entres as pessoas ligadas ao grupo Galileo, tiveram a
prisão pedida os sócios Márcio André Mendes Costa e Ricardo Andrade Magro.
Entre os donos da Universidade Gama Filho, foram pedidas as prisões de Paulo
César Prado Ferreira da Gama e Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz. As ações
acontecem em Brasília, Rio e São Paulo.
A Galileo era controladora da Universidade Gama Filho,
que encerrou as atividades em 2014. Segundo a PF, os fundos de pensão teriam
adquirido cerca de 100 milhões de reais em debêntures emitidas pela Galileo
para a recuperação da Gama Filho, mas os recursos não foram aplicados na
universidade. "Quando a instituição de ensino 'quebrou', (os fundos)
perderam quase todo o dinheiro aplicado, totalizando 90 milhões de reais",
informou a Polícia Federal em nota.
A suspeita, diz a PF, é de que a Galileo "teria
apresentado garantias insuficientes, além de ter desviado grande parte dos
recursos aportados pelos fundos, em favor de seus sócios e pessoas jurídicas,
ao invés de contribuir para a manutenção e recuperação do estabelecimento de
ensino".
Fonte: G1 – DF.
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