PMDB FORA DO GOVERNO.
Liderados de
Eunício entregam os cargos.
Eles evitam dizer que estão consolidando o rompimento, alegando que o
fato é para deixar o senador livre.
João Alves de Melo, da Secretaria
da Controladoria e Ouvidoria Geral; César Augusto Pinheiro, da Secretaria de
Recursos Hídricos; Bruno Vale Sarmento de Menezes, presidente do Conselho de
Políticas e Gestão do Meio Ambiente, e Aloísio Barbosa Carvalho, secretário
Executivo da Secretaria de Esportes, estão deixando hoje o Governo do Estado do
Ceará, por determinação do diretório estadual do PMDB.
Eles entregarão os cargos,
oficialmente, alegando que o partido quer ficar livre, a partir de agora, para
tratar, oficialmente da candidatura do senador Eunício Oliveira, presidente
estadual da agremiação, junto aos partidos integrantes da aliança que mantém
desde 2006, quando da primeira eleição do governador Cid Gomes, e com as demais
agremiações que participam das disputas eleitorais no Ceará.
O senador Eunício Oliveira não
está falando sobre o assunto. Quem tratou da questão foi o vice-prefeito de
Fortaleza, Gaudêncio Lucena, integrante da direção estadual do partido, e
principal interlocutor do senador. Segundo Gaudêncio, a decisão não significa
rompimento total com o Governo, pois se Cid Gomes resolver apoiar Eunício como
candidato a governador tudo continuará como antes.
Calça curta
Para Gaudêncio, o afastamento dos
filiados do PMDB é uma demonstração de que o partido quer tratar a candidatura
de Eunício de forma ética e não poderia buscar alianças com outras agremiações
estando participando do atual Governo que, como disse o governador, tem no seu
partido, o PROS, na avaliação dele Cid, maior que o PMDB, candidato à sua
sucessão.
Agora, após a saída dos
peemedebistas do Governo, Eunício está descompromissado e pode, oficialmente,
conversar com os dirigentes partidários sobre uma chapa encabeçada por ele. Ao
PMDB, na disputa deste ano, segundo Gaudêncio, só interessa o cargo de governador,
ficando para as demais siglas, a vaga de senador da República e os dois
suplentes, além do lugar de vice-governador.
Para o peemedebista, o discurso
do governador de que o seu partido é maior e tem candidato ao Governo não
estimula Eunício a continuar esperando, para lá na frente ser "pego de
calça curta. O senador não vai deixar acontecer", portanto, chegou ao
limite da espera, disse.
Posta nas ruas há algum tempo, a
candidatura de Eunício Oliveira ao Governo do Estado passou a ser irreversível
para o PMDB a partir da sequência dos encontros do partido, no Interior do
Estado. O próprio senador insistia no anúncio de que a sua candidatura era
determinação do partido, tanto da direção nacional, onde tem assento, como no
diretório estadual, do qual é o seu presidente.
Projeto
Para ele, a população do Ceará
está ansiosa para uma mudança no modelo do Governo que tem o Estado do Ceará,
embora tenha sido um dos defensores da eleição e reeleição de Cid Gomes, em
2006 e 2010.
Com um projeto para ser discutido
com os aliados, Eunício que já estava trabalhando a estrutura da campanha,
amiudará as negociações com os prováveis aliados, inclusive os que hoje são
oposição ao Governo, de modo a não ficar dependente do comando de Cid Gomes.
No documento oficial que os secretários
do PMDB ,por ele indicados, entregarão ao governador, hoje, despedindo-se do
Governo, não tem qualquer menção a rompimento, mas enfatizará que a
determinação do partido para eles entregarem os cargos está ligada ao fato de o
senador se sentir livre para cuidar da estruturação de sua candidatura sem o
constrangimento de seu partido ainda fazer parte da atual administração.
A decisão do PMDB não surpreende
os governistas. Aliados mais próximos a Cid já estavam esperando, há algum
tempo, o afastamento dos peemedebistas em razão do rompimento de fato da
aliança entre Eunício e Cid, desde o fim do ano passado, quando eles começaram
a se distanciar e a manter contatos apenas na linha da formalidade.
Fonte:
DN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário