PMDB FORA DO GOVERNO.
Liderados de
Eunício entregam os cargos.
Eles evitam dizer que estão consolidando o rompimento, alegando que o
fato é para deixar o senador livre.
João Alves de Melo, da Secretaria
da Controladoria e Ouvidoria Geral; César Augusto Pinheiro, da Secretaria de
Recursos Hídricos; Bruno Vale Sarmento de Menezes, presidente do Conselho de
Políticas e Gestão do Meio Ambiente, e Aloísio Barbosa Carvalho, secretário
Executivo da Secretaria de Esportes, estão deixando hoje o Governo do Estado do
Ceará, por determinação do diretório estadual do PMDB.

O senador Eunício Oliveira não
está falando sobre o assunto. Quem tratou da questão foi o vice-prefeito de
Fortaleza, Gaudêncio Lucena, integrante da direção estadual do partido, e
principal interlocutor do senador. Segundo Gaudêncio, a decisão não significa
rompimento total com o Governo, pois se Cid Gomes resolver apoiar Eunício como
candidato a governador tudo continuará como antes.
Calça curta
Para Gaudêncio, o afastamento dos
filiados do PMDB é uma demonstração de que o partido quer tratar a candidatura
de Eunício de forma ética e não poderia buscar alianças com outras agremiações
estando participando do atual Governo que, como disse o governador, tem no seu
partido, o PROS, na avaliação dele Cid, maior que o PMDB, candidato à sua
sucessão.
Agora, após a saída dos
peemedebistas do Governo, Eunício está descompromissado e pode, oficialmente,
conversar com os dirigentes partidários sobre uma chapa encabeçada por ele. Ao
PMDB, na disputa deste ano, segundo Gaudêncio, só interessa o cargo de governador,
ficando para as demais siglas, a vaga de senador da República e os dois
suplentes, além do lugar de vice-governador.
Para o peemedebista, o discurso
do governador de que o seu partido é maior e tem candidato ao Governo não
estimula Eunício a continuar esperando, para lá na frente ser "pego de
calça curta. O senador não vai deixar acontecer", portanto, chegou ao
limite da espera, disse.
Posta nas ruas há algum tempo, a
candidatura de Eunício Oliveira ao Governo do Estado passou a ser irreversível
para o PMDB a partir da sequência dos encontros do partido, no Interior do
Estado. O próprio senador insistia no anúncio de que a sua candidatura era
determinação do partido, tanto da direção nacional, onde tem assento, como no
diretório estadual, do qual é o seu presidente.
Projeto
Para ele, a população do Ceará
está ansiosa para uma mudança no modelo do Governo que tem o Estado do Ceará,
embora tenha sido um dos defensores da eleição e reeleição de Cid Gomes, em
2006 e 2010.
Com um projeto para ser discutido
com os aliados, Eunício que já estava trabalhando a estrutura da campanha,
amiudará as negociações com os prováveis aliados, inclusive os que hoje são
oposição ao Governo, de modo a não ficar dependente do comando de Cid Gomes.
No documento oficial que os secretários
do PMDB ,por ele indicados, entregarão ao governador, hoje, despedindo-se do
Governo, não tem qualquer menção a rompimento, mas enfatizará que a
determinação do partido para eles entregarem os cargos está ligada ao fato de o
senador se sentir livre para cuidar da estruturação de sua candidatura sem o
constrangimento de seu partido ainda fazer parte da atual administração.
A decisão do PMDB não surpreende
os governistas. Aliados mais próximos a Cid já estavam esperando, há algum
tempo, o afastamento dos peemedebistas em razão do rompimento de fato da
aliança entre Eunício e Cid, desde o fim do ano passado, quando eles começaram
a se distanciar e a manter contatos apenas na linha da formalidade.
Fonte:
DN.
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