"Encontro do PT em São Paulo teve a presença do ex-presidente
Lula"
BRASÍLIA - O Planalto pôs seus
ministros para responder às críticas da oposição e defender as realizações do
governo Dilma Rousseff neste período pré-eleitoral. Nesta sexta-feira, 2, a
ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, rebateu
críticas do pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, ao pacote de
bondades anunciado por Dilma em rede nacional de rádio e TV, entre elas o
reajuste de 10% ao Bolsa Família. Nesta semana, foi a sexta ministra a ir para
a linha de frente pré-eleitoral.
Na festa do 1.º de Maio da Força
Sindical, o tucano disse que Dilma "mente" ao dizer que o aumento de
10% do Bolsa Família permite que o Brasil chegue a um "patamar mínimo
estabelecido pela ONU". Aécio afirmou que a linha de extrema pobreza colocada
pela entidade é de US$ 1,25 per capita dia, o que equivaleria a R$ 83 mensais
(e não aos R$ 77 agora válidos com os novos valores do programa). "As
pessoas têm que saber fazer a conta", disse a ministra ontem, no Planalto,
sem citar o nome de Aécio. "O critério que usamos agora é o mesmo que
sempre usamos. É leviano acharem que as políticas públicas brasileiras possam
variar segundo o dólar."
Nos últimos dias, os ministros
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Guido Mantega (Fazenda), José Eduardo Cardozo
(Justiça), Miriam Belchior (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Relações
Institucionais) também saíram em defesa do governo. Carvalho disse que Dilma
não ia a São Paulo a cada quatro anos apenas "para fazer promessas",
também reagindo a Aécio, que criticou a ausência de Dilma no evento.
Na quarta-feira, Berzoini
declarou que no governo FHC "ocorreram grandes malefícios aos
trabalhadores". No mesmo dia, Cardozo defendeu o pré-candidato do PT ao
governo de São Paulo, Alexandre Padilha, citado pela Polícia Federal na
Operação Lava Jato. Na terça-feira, Mantega enalteceu a política de geração de
empregos e distribuição de renda da era petista. Belchior disse que a população
"saberá reconhecer quem garantiu crescimento e tirou a população mais
pobre da miséria no Brasil".
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