ESTÍMULO À OCIOSIDADE É PADRÃO DO GOVERNO.
“FAZER
AÇÃO À CUSTA DO POVO”.
Após reajuste: Bolsa Família vai ter
impacto de R$ 1,7 bilhão.
Com o aumento, o benefício básico vai subir para R$ 77. Já o valor médio
recebido sobe para R$ 167.
Brasília. O
impacto nas contas públicas do reajuste em 10% no programa Bolsa Família,
anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT), será de R$ 1,7 bilhão este ano.
Em 2015, o valor sobe para R$ 2,7
bilhões. Os dados foram divulgados ontem pela ministra Tereza Campello
(Desenvolvimento Social), escalada para explicar o reajuste anunciado pela
presidente Dilma Rousseff em pronunciamento pelo Dia do Trabalho. A ministra
disse que o déficit está previsto no Orçamento da pasta este ano, por isso não
haverá cortes em outros setores para garantir o reajuste.
Com o aumento, o benefício básico
do programa vai subir de R$ 70 para R$ 77. O valor médio recebido pelas
famílias com o reajuste sobe para R$ 167. Segundo a ministra, ele era de R$ 94
quando Dilma assumiu o governo, em 2011. O decreto da presidente Dilma
ampliando o valor do Bolsa Família publicado ontem no "Diário
Oficial" da União prevê que cada família do programa receba pelo menos R$
77. Se os benefícios somados não atingirem esse valor, o governo vai completá-lo
para que seja atingido. O decreto também aumenta de R$ 32 para R$ 35 o valor
recebido para famílias com crianças e jovens até 15 anos.
"Quando a gente fez essa
discussão para fazer a programação do ano, essa medida já estava em avaliação e
tinha sido computada. O governo estabeleceu prioridades, nunca foi
contingenciado nem no governo do presidente Lula, nem no governo da presidente
Dilma", afirmou. Campello rebateu as críticas de que o valor anunciado é
menor que a inflação acumulada desde 2011, quando o governo fez o último
anúncio do benefício. Não haveria ganho real porque a inflação acumulada entre
o último reajuste, em 2011, e o mês de março foi de 19,6% (segundo o INPC).
Segundo a ministra, a média do
reajuste do Bolsa Família nos últimos três anos foi maior que a inflação em
média de 40% porque houve aumento também de outros índices do programa, como os
benefícios variáveis e o específico para crianças e adolescentes. "O
aumento foi muito acima da inflação", disse.
Rebatendo crítica
A ministra também rebateu
críticas da oposição de que o reajuste é "eleitoreiro" e foi
anunciado a seis meses da presidente Dilmadisputar a reeleição ao Palácio do
Planalto. Mirando no PSDB, Campello disse que a oposição passou a se preocupar
com o Bolsa Família com a proximidade das eleições, em postura que não era
adotada em 2011 data do último reajuste.
"A gente não pode ser
leviano de ficar fazendo conta errada. As pessoas têm que saber fazer conta.
Estamos utilizando os critérios que sempre utilizamos. Esse questionamento é
que é eleitoreiro, onde as pessoas tentam se aproveitar de um ambiente
eleitoral de impedir que o governo encerre trajetória de beneficiar a população
pobre", disse.
Compatibilidade com a meta
O Ministério da Fazenda reiterou
que a correção de 10% no benefício do Programa Bolsa Família é compatível com o
cumprimento da meta fiscal de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A
Fazenda, por meio da sua assessoria, afirma que, se preciso for, haverá cortes
de despesas de custeio para garantir o cumprimento da meta.
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