BRASÍLIA - A presidente Dilma
Rousseff, indicou nesta quarta-feira (30) que será candidata à reeleição nas
eleições presidenciais de outubro mesmo sem o apoio dos partidos da sua base
aliada.
Dilma afirmou ainda que não se
preocupa com os pedidos de uma candidatura do ex-presidente, Luiz Inácio Lula
da Silva.
"Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha base aliada, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente", disse ela em entrevista a rádios da Bahia.
Já a oposição brasileira estima
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser candidato nas eleições
presidências de outubro próximo em razão da perda de popularidade da presidente
Dilma Rousseff.
"É inquestionável que Lula é
a bala de prata do Partido dos Trabalhadores (PT)" afirmou Marina Silva,
pré-candidata à vice-presidência da República pelo PSB.
Marina acrescentou que se Lula se
apresentar no lugar de Dilma isto não garante a vitória e demonstra que o
governo vive um momento de incerteza política, publicou o jornal Estado de São
Paulo. Há alguns meses começou a se especular uma eventual candidatura de Lula,
que em várias pesquisas surge como a figura mais popular ainda que ele negue o interesse
em ser candidato presidencial novamente.
As especulações retomaram força
depois que Dilma perdeu 6,7% de intenção de voto, caindo para 37% na pesquisa
publicada ontem pela Confederação Nacional do Transporte. O pré-candidato
presidencial Aécio Neves (PSDB), que aparece em segundo nas pesquisas de
intenção de votos com 21%, aceitou que o retorno de Lula não pode ser
descartado.
Se Lula voltar ou não voltar
"isso é um problema do governo mas se tiver uma mudança de candidato isto
não altera em nada nosso discurso e nossa posição" em enfrentar o atual
modelo e gestão, comentou ele. Por sua vez, a presidente Dilma afirmou que
"ninguém vai me separar do Lula nem ele vai se separar de mim", disse
a presidente, ao ser questionado sobre o movimento de setores da base e do
próprio PT vocalizado pelo líder do PR na Câmara, Bernardo Santana (MG), que
pendurou uma foto presidencial de Lula em seu gabinete.
"Sei da lealdade dele a mim
e ele da minha lealdade a ele. Conheço o Lula desde 2000 e tenho uma convivência
direta com ele desde 27 de abril de 2005. Todos os dias. Sabem lá o que é isso?
Temos, eu e o Lula, uma relação de muita lealdade. Sou muito grata a ele.
Existe uma coisa que é lealdade. Então, isso não me pega", afirmou Dilma
"As pesquisas são importantes, mas na hora de votar as pessoas vão levar
em consideração se sou importante ou não para o futuro delas, se a vida delas
vai melhorar - como melhorou nosso governo - se eu for eleita. É isso que está
em jogo", disse a presidente ao comentar as pesquisas de intenção de voto.
Agência Ansa.
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