sexta-feira, 2 de maio de 2014

DIA DO TRABALHO VIROU PALANQUE ELEITORAL NO BRASIL

 EM SÃO PAULO.

ATOS DE 1º DE MAIO VIRAM PALANQUES.

Manifestações de oposicionistas e de ministros antecipam o clima de campanha presidencial.

São Paulo. As comemorações do Dia do Trabalho no maior colégio eleitoral do país foram marcadas ontem por ataques de políticos da oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) e repostas da situação.

Os dois principais adversários da petista na corrida eleitoral deste ano protagonizaram o evento da Força Sindical, a segunda maior central do país. Recepcionados pelo deputado Paulinho da Força (SDD-SP), principal líder político da central, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) fizeram críticas ao reajuste de 10% no Bolsa Família anunciado por Dilma na quarta-feira.

Em outro evento, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que é a maior do país e é alinhada ao PT, latas e garrafas foram arremessadas pelo público quando a presença de ministros foi anunciada.

No ato da Força, Aécio disse que Dilma "mente" ao afirmar que, com o aumento no valor do Bolsa Família, famílias assistidas pelo programa irão superar a linha da miséria estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). "O valor teria que chegar a R$ 83 e não R$ 77", disse.

No pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na quarta-feira, Dilma atacou a oposição e anunciou medidas de interesse dos trabalhadores, como reajuste da tabela do Imposto de Renda e promessa de manter a valorização do salário mínimo.

Em entrevista, Campos disse que a petista "enxuga gelo" ao reajustar o Bolsa Família sem conter a inflação. Ele afirmou que "o Brasil tomou o caminho errado" e que é preciso "mudar".

Paulinho da Força fez diversos ataques à presidente. Chegou a pedir, por duas vezes, que o público desse uma "banana" para Dilma. "Vamos erguer o braço! Toma aqui, presidente!". Aécio e Campos ficaram visivelmente constrangidos a seu lado.

No momento mais exaltado, Paulinho disse que Dilma poderia ser presa por causa de irregularidades na Petrobras.

Resposta

Principal interlocutor do Planalto junto aos movimentos sociais, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também participou do evento.

"Não temos medo de vaia. O trabalhador brasileiro sabe que os 12 anos do PT foram os melhores para os trabalhadores" falou Carvalho, que não quis polemizar sobre as declarações de Paulinho. "Eu não vou comentar o Paulinho da Força. Eu respeito os trabalhadores da Força Sindical. Prefiro me relacionar com eles", falou Carvalho.

Ele atacou Aécio, a quem classificou como uma nova versão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "Eles governaram o país sob um arrocho salarial enorme".

O presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu o governo e afirmou que a oposição representa o "retrocesso". "Temos que reconhecer os avanços que conquistamos nos últimos 12 anos".

Fonte: Agência Brasil.

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