COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
SUBDESENVOLVENTO NA EDUCAÇÃO AFETA O
GOVERNO.
Nobres:
Como o Brasil se preceitua pela
singularidade dos acontecimentos, o que é modo do nosso povo. Dentro deste
“fórum” de discussão, naquele ensejo, adentramos a educação em termos genéricos
no Brasil é a sua declínio em termos estatísticos. A propósito “foi noticiado
na mídia e por aí foi o que nos deu meio de mais um assunto que gera
anacronismo em nosso País”. O Brasil, que já ocupava um incômodo 53º lugar no ranking
internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), caiu para a 57ª colocação no comparativo entre 65 países analisados
pelo Pisa, a mais abrangente avaliação do ensino global. Num gráfico, a
realidade do aprendizado poderia ser representada por uma linha em queda.
Sobram explicações para a dificuldade de avanço da educação brasileira se
acompanha no nosso Estado e o município é pior: (fundamentado
pelas estatistas. – de quem não precisa se melindrar! – é mais uma prova
inconteste do analfabetismo funcional sobrevivente ao protecionismo da política
setorial). Uma delas é que os esforços oficiais se
intensificaram nos últimos anos, mas continuam faltando disciplina e
persistência nas políticas públicas para a área educacional. Em consequência
dessas falhas, e mesmo com alguns ganhos registrados em matemática, poucos
alunos na faixa dos 15 anos, avaliada pelo estudo da OCDE, conseguem entender
as relações entre os números referidos. Poucos também têm condições de assimilar
uma ideia simples devido às dificuldades no aprendizado do português. Os
problemas se acentuam quando os jovens são solicitados a fazer relações entre
um e outro. Falta-lhes conhecimento para entender a conexão. O fato novo e
promissor é que, aos poucos, profissionais da educação, especialmente
professores, começam a reagir contra as adversidades da profissão e empreendem
ações singulares para elevar a qualidade do ensino. A maioria deles comprovou,
na prática, que recursos financeiros são importantes, mas nada supera a
motivação, o engajamento, a criatividade, a descoberta dos caminhos para chegar
direto ao aluno, motivando-os a se interessar pelos conteúdos e a aprender a
usá-los em situações do cotidiano. O ponto em comum entre os países situados no
extremo oposto do Brasil na lista do Pisa os seis primeiros são todos asiáticos
é justamente o fato de contarem com educadores fascinados pela missão de
transmitir conhecimento e reconhecidos pela nobreza do papel que exercem
perante a sociedade. Isso não significa apenas ganhar bem embora os salários,
nesses casos, sejam incomparavelmente superiores aos pagos no Brasil, que até
hoje não conseguiu sequer garantir um piso de ganhos para a categoria. Por que,
então, o país que mobiliza uma explosão de criatividade no Carnaval, que atrai
multidões aos estádios de futebol e consegue reunir elevadas somas em tempo
recorde para abrigar a Copa do Mundo não consegue fazer o mesmo com a educação?
Simplesmente pela incapacidade de transformar o ensino numa obsessão, empreendendo
esforço máximo na corrida pelo conhecimento e pela inovação. Políticas públicas
adequadas, como as que investem no aluno, como ‘O Ciência sem Fronteiras’ e as
que tentam resgatar a dignidade da figura do professor para assegurar a
qualidade perdida com a massificação do ensino são fundamentais. As respostas
mais eficazes, porém, tendem a vir mesmo é dos próprios educadores. São eles
que, bem preparados, bem pagos e reconhecidos pela sociedade, poderão levar o
país a transformar a educação numa prioridade de fato e os alunos a dominar
disciplinas básicas, como português e matemática, para avançar nas demais.
Diante de exposições e estatísticas que nos mostraram é deveras preocupante
para um segmento que celebra o convencional. Esse sempre foi o nosso questionamento,
que se distancia daqueles que pensam (talvez nem estejam pensando nisso) que o
presente cheio de “pseuda saboreia” ao gerir os nossos destinos.
Antônio Scarcela Jorge.
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