COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
IMAGEM BRASILEIRA DA IMPUNIDADE REQUER JUSTIÇA MAIS
ATIVA.
Nobres:
Apostar na velha retórica é um
conceito mais que natural estando inserido aos costumes de nossa gente
brasileira e por via apropriada gera impunidade que corrobora tanta demora em o
desfecho final. Neste aspecto referendo em razão da decorrência dos anos atrás
onde o indiciado naturalmente é transformado em santo na atualidade em
decorrência do tempo onde sentimentos se pelo menos se resvalam. - Um dos “padrões”
que estima mais do que um retrato do Brasil, foi o desenlace de um dos mais
conhecidos casos de desmandos na administração pública, ao ponto de ter levado
à renúncia de um presidente eleito, mostra o quanto as instituições brasileiras
ainda precisam avançar para tornar sua Justiça mais efetiva. Como lembrou o
ministro Luís Roberto Barroso, “punir alguém em 2014 por fatos ocorridos em
1991 é quase como punir outra pessoa”. A denúncia do Ministério Público foi
recebida na Justiça comum em 2000 e o caso chegou ao STF em 2007. A relatora Ministra
Cármen Lúcia, ficou com o processo parado por quatro anos em seu gabinete e,
por isso, fez questão de ressaltar que a denúncia do Ministério Público ocorreu
quase uma década depois do registro dos fatos. Além disso, queixou-se de que a
denúncia não poderia ser tratada como “um primor de peça”, por estar repleta de
inconsistências e carente de provas. O ex-presidente Fernando Collor só foi
punido politicamente, optando pela renúncia na tentativa de escapar do processo
de impeachment, porque parcelas expressivas da população saíram às ruas
exigindo sua responsabilização. O exemplo do que ocorreu agora, o hoje senador
pelo PTB foi absolvido em todos os processos pela inconsistência das provas.
Ainda assim, esse é um episódio para ser lembrado pela morosidade. Um país que
leva mais de duas décadas para concluir um caso como o do ex-presidente
Fernando Collor ainda vai demorar algum tempo até se livrar da imagem de
impunidade. É mais um legado esdruxulo que ainda presente impera no Brasil.
Antônio Scarcela Jorge.
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