quinta-feira, 8 de maio de 2014

CÂMARA DOS DEPUTADOS TEM NOVO VICE-PRESIDENTE

 DEPUTADO ARLINDO CHINAGLIA É ELEITO VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi eleito nesta quarta-feira (7), por 343 votos a favor e 51 em branco, vice-presidente da Câmara. O nome dele havia sido escolhido após encontro fechado da bancada do partido nesta terça.

O cargo de vice-presidente está vago desde que o deputado André Vargas renunciou ao posto após ter o nome relacionado a denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal. Vargas, que se desfiliou do PT, responde a processo no Conselho de Ética da Casa.

O PT ocupa a vice-presidência da Câmara em razão de um acordo com o PMDB. Partido com a maior bancada, o PT teria direito à presidência durante os quatro anos da legislatura. Mas, pelo acordo, ficou com a presidência nos dois primeiros anos (2011-2012) e o PMDB, segunda maior bancada, com a vice. Nos dois últimos anos (2013-2014), o PMDB ficou com a presidência e o PT, com a vice.

Chinaglia foi presidente da Câmara em 2007 e 2008 e, atualmente, é o líder do governo na Casa. O deputado afirmou que não acumulará as funções de vice-presidente e líder do governo. Ele pedirá à presidente Dilma Rousseff para indicar outro deputado para exercer a liderança.

“Eu vou ser substituído na liderança do governo. A presidenta, agora, vai, naturalmente, começar a pensar em nomes para indicar. Cabe a ela escolher quem irá ocupar o cargo. Eu fui escolhido, mas antes, ao ser procurado por ministros, cheguei a sugerir nomes e, obviamente, não o meu”, disse, após ter sido indicado pelo PT.

Entre as funções do vice-presidente está a de presidir as sessões da Câmara e definir a pauta de votações do plenário na ausência do presidente. Também cabe ao vice presidir o Congresso Nacional, na ausência do presidente do Senado.

Chinaglia disse que, como vice-presidente, terá papel “institucional” na Câmara e o “dever” de unificar bancada do PT na Casa, “construindo maior diálogo” entre os deputados.

Ele usou a tribuna antes da eleição para pedir votos e dizer que trabalhará para “democratizar” as decisões que couberem à vice-presidência da Câmara.

“Neste momento, é meu dever, além de pedir votos a cada deputado, honrar o mandato caso venha a obtê-lo, e exercê-lo de forma respeitosa à legislação, ao regimento e também trabalhando para democratizar entre nós essas relações”, disse.
O petista afirmou ainda, no discurso, que como líder do governo da presidente Dilma Rousseff teve que defender na Câmara posições que muitas vezes contrariavam a vontade da maioria.

Ele destacou, porém, que não se tratava da opinião pessoal dele, mas sim de uma obrigação decorrente da função de porta-voz do governo na Casa.

“Como líder do governo eu costumei dar aqui argumentos muitas vezes contrários a uma maioria já estabelecida, porque esta é a função de líder de governo. Não se trata de opinião individual, mas de  uma função delegada pela presidente da República”, disse.

Chinaglia reconheceu ainda considerar que não atuou de forma “plenamente suficiente” como líder do governo. “Tenho o dever de agradecer à presidente porque a escolha de líder do governo é feita pela Presidência. Procurei fazer o melhor nesta função. Sem dúvida alguma, não foi plenamente suficiente, até na minha avaliação, mas procurei fazer o melhor.”

Fonte: G1. Brasília - DF.

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