terça-feira, 13 de setembro de 2016

PADILHA "O PORTA VOZ"








PADILHA NEGA QUE O GOVERNO ESTEJA TENTANDO BARRAR A LAVA JATO.

Ministro participou de evento em São Paulo.
Declaração foi feita após declarações de ex-advogado da União.

"Este tema é um tema de ontem", disse Padilha quando foi questionado por jornalistas se "o governo tem a intenção de parar a Lava Jato". "Hoje, ontem e amanhã, não há absolutamente nada de parte do governo que não seja estimular a Lava Jato" disse em evento realizado em São Paulo.

Na semana passada, Fábio Medina Osório, ex advogado-geral da União, afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) deveria se associar à operação, o que havia criado problemas para o governo e líderes aliados.

"Quem fizer qualquer tipo de afirmação dessa ordem está querendo fazer com que o holofote da Lava Jato lhe dê um pouquinho de luz, só isso."

"Os atores da Lava Jato, Política Federal, Procuradoria Geral da República e Poder Judiciário agem na plenitude e com absoluta independência e estímulo do governo."

Cassação de Cunha.

Ao ser questionado sobre como uma eventual cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB) afetaria a aprovação de projetos do governo no Congresso, como a limitação dos gastos públicos e a reforma da Previdência, Padilha disse que a questão é "interna da Câmara dos Deputados".

"O nosso presidente Michel Temer cultua a independência e harmonia dos poderes. O Poder Executivo não tem por que se envolver no Judiciário ou Legislativo", disse o ministro.

"Mas, com relação a possíveis conseqüências, penso que o governo Temer se estabeleceu com uma base congressual de mais de dois terços do Congresso, e essa base sustentada por participação em ministérios importantíssimos", afirmou Padilha.

"O presidente Michel fez com que o partido A, B, C ou D tivesse o compromisso com o governo, e esse compromisso é de mais de dois terços do Parlamento, em razão da sua participação", completou.

Medidas econômicas.

O ministro defendeu a importância da reforma da Previdência e a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos.

Padilha apontou que essas são as duas principais medidas econômica em discussão para que o crescimento seja retomado.

"Tanto a reforma fiscal, que é o teto das despesas, quanto a reforma da Previdência, eu penso que nós vamos centrar fogo neste momento até nós conseguirmos ter aprovadas essas duas reformas que são fundamentais para o Brasil."

"Não há nenhuma possibilidade de nós abrirmos clarabóia, quer dizer, não vai ter exceção", disse Padilha sobre a limitação dos gastos públicos, complementando a seguir sobre as despesas com Saúde e Educação.

"Saúde e Educação hoje estão em patamares superiores àqueles estabelecidos na Constituição, e serão mantidos. Serão os dois itens que não terão condições ou possibilidade de perderem diante do que seja a inflação e o ano seguinte."

Padilha defendeu ainda que o teto dos gastos e a Reforma da Previdência sejam aprovados juntos pois, caso contrário, ao crescimento das despesas previdenciárias inviabiliza a limitação pela inflação.

"Se a gente não colocar um freio nisso, déficit da Previdência, todo o Orçamento da União vai acabar sendo pequeno para custear. Entre o ano de 2025 e 2030, se nada for feito, o sistema previdenciário estará totalmente inviabilizado."

Em palestra aos empresários após a coletiva de imprensa, Padilha negou que haja intenção de aumentar impostos. "Essa história de aumentar imposto dói nos ouvidos do presidente Michel. Não tem aumento de impostos."
Fonte: Agência Brasil.

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