PADILHA NEGA QUE O GOVERNO ESTEJA TENTANDO BARRAR A LAVA JATO.
Ministro participou de evento em São
Paulo.
Declaração foi feita após declarações
de ex-advogado da União.
"Este tema
é um tema de ontem", disse Padilha quando foi questionado por jornalistas
se "o governo tem a intenção de parar a Lava Jato". "Hoje, ontem
e amanhã, não há absolutamente nada de parte do governo que não seja estimular
a Lava Jato" disse em evento realizado em São Paulo.
Na semana
passada, Fábio Medina Osório, ex advogado-geral da União, afirmou que a
Advocacia-Geral da União (AGU) deveria se associar à operação, o que havia
criado problemas para o governo e líderes aliados.
"Quem fizer
qualquer tipo de afirmação dessa ordem está querendo fazer com que o holofote
da Lava Jato lhe dê um pouquinho de luz, só isso."
"Os atores
da Lava Jato, Política Federal, Procuradoria Geral da República e Poder
Judiciário agem na plenitude e com absoluta independência e estímulo do
governo."
Cassação de
Cunha.
Ao ser
questionado sobre como uma eventual cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB)
afetaria a aprovação de projetos do governo no Congresso, como a limitação dos
gastos públicos e a reforma da Previdência, Padilha disse que a questão é
"interna da Câmara dos Deputados".
"O nosso
presidente Michel Temer cultua a independência e harmonia dos poderes. O Poder
Executivo não tem por que se envolver no Judiciário ou Legislativo", disse
o ministro.
"Mas, com
relação a possíveis conseqüências, penso que o governo Temer se estabeleceu com
uma base congressual de mais de dois terços do Congresso, e essa base
sustentada por participação em ministérios importantíssimos", afirmou
Padilha.
"O
presidente Michel fez com que o partido A, B, C ou D tivesse o compromisso com
o governo, e esse compromisso é de mais de dois terços do Parlamento, em razão
da sua participação", completou.
Medidas
econômicas.
O ministro
defendeu a importância da reforma da Previdência e a aprovação da Proposta de
Emenda Constitucional que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação
do ano anterior pelos próximos 20 anos.
Padilha apontou
que essas são as duas principais medidas econômica em discussão para que o
crescimento seja retomado.
"Tanto a
reforma fiscal, que é o teto das despesas, quanto a reforma da Previdência, eu
penso que nós vamos centrar fogo neste momento até nós conseguirmos ter
aprovadas essas duas reformas que são fundamentais para o Brasil."
"Não há
nenhuma possibilidade de nós abrirmos clarabóia, quer dizer, não vai ter
exceção", disse Padilha sobre a limitação dos gastos públicos,
complementando a seguir sobre as despesas com Saúde e Educação.
"Saúde e
Educação hoje estão em patamares superiores àqueles estabelecidos na
Constituição, e serão mantidos. Serão os dois itens que não terão condições ou possibilidade
de perderem diante do que seja a inflação e o ano seguinte."
Padilha defendeu
ainda que o teto dos gastos e a Reforma da Previdência sejam aprovados juntos
pois, caso contrário, ao crescimento das despesas previdenciárias inviabiliza a
limitação pela inflação.
"Se a gente
não colocar um freio nisso, déficit da Previdência, todo o Orçamento da União
vai acabar sendo pequeno para custear. Entre o ano de 2025 e 2030, se nada for
feito, o sistema previdenciário estará totalmente inviabilizado."
Em palestra aos
empresários após a coletiva de imprensa, Padilha negou que haja intenção de
aumentar impostos. "Essa história de aumentar imposto dói nos ouvidos do
presidente Michel. Não tem aumento de impostos."
Fonte: Agência Brasil.
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