SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeESTRAGOS DA CORRUPÇÃO.
Nobres:
Tem muito papagaio no âmbito da bajulação pronuncia a
palavra GOLPE, queríamos que nos explicasse o que é golpe, é difícil saber do
“puxa saco” que desde seu nascimento irracional por demérito. Não sabe ser nem
mesmo anarquista! O cego não ouve e nem vê os noticiosos que é muito difícil o
dia em que não acorda e tem como primeira notícia mais uma ação da Polícia
Federal e do Ministério Público contra a corrupção bem a vase do lulismo em que
tanto veneram. A semana começa com a Operação Greenfield, cujas investigações
se iniciaram há um ano e meio, que tem como foco irregularidades nos fundos de
pensão das estatais - Postalis, dos Correios; Funcef, da Caixa Econômica
Federal; Petros, da Petrobras; e Previ, da Previdência Social. Apesar de não
haver cálculo do tamanho do prejuízo causado pelas irregularidades, a Justiça
mandou bloquear R$ 8 bilhões. Envolvidos na Operação Lava-Jato voltam à cena,
como o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o empresário Leo Pinheiro, da
OAS, entre outros empreiteiros suspeitos de participação nos desvios do
dinheiro dos contribuintes dos fundos. Os trabalhadores, em quaisquer casos de corrupção, são os mais prejudicados.
Quem participa dos fundos de pensão tem frustradas as expectativas de uma
aposentadoria mais confortável, sem a punição dada àqueles que apenas contam
com o benefício previdenciário para se manter na velhice. A esses está
reservada uma vida com restrições, levando em conta que o teto de aposentadoria
não supre as necessidades dos cidadãos idosos. A sociedade paga preço altíssimo
ante os desvios. Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria revela
que cada R$ 1 desviado pela corrupção implica dano de R$ 3 para a economia e à
sociedade. Em 2015, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo projetava
que 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) eram perdidos por ano com os
descaminhos abertos para o dinheiro público, ou seja, cerca de R$ 100 bilhões -
há cálculos que elevam a cifra a R$ 1 trilhão por ano. Desde a deflagração da Operação Lava-Jato, em março de 2014, a sociedade
brasileira passou a conhecer em detalhes os esquemas de desvios de dinheiro
público. O sistema montado dentro da Petrobras, envolvendo diretores, técnicos,
políticos e empresários, é replicado em diferentes setores dentro da máquina
pública. Bilhões e bilhões de reais escoam pelos dutos do descaminho do
dinheiro público para enriquecimento pessoal, formação de caixa de campanhas
eleitorais, pagamento de propinas e outros crimes. Hoje, o Brasil ocupa a 76ª
posição no ranking mundial entre 175 países com alto índice de corrupção, ao
lado de Bósnia e Herzegovina, Burkina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia,
segundo a Transparência Internacional. A nação com menor índice de
irregularidades é Dinamarca, com menor taxa de percepção de ilegalidades pelos
cidadãos e o mais elevado grau de transparência das ações do setor público. No Congresso Nacional, 303 deputados e 49 senadores estão envolvidos em
escândalos de corrupção. Contra eles as investigações seguem lentamente. O
chamado foro especial que protege os parlamentares estabelece diferença entre
cidadãos que trabalham e nutrem os cofres públicos e, por meio do voto, elevam
a condições privilegiadas representantes que quebram a confiança que lhe foi
dada. Os episódios dos dois últimos anos são alerta importante na história do país.
As mudanças exigidas nos movimentos de rua não ocorrerão apenas com protestos.
É ação silenciosa e individual que se traduz no voto que cada brasileiro
depositar nas urnas. É na escolha rigorosa de representantes que tiraremos o
país de posição no ranking das nações mais corruptas do planeta. O estado de
direito arroga estas asneiras.
Antônio
Scarcela Jorge.
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