quarta-feira, 7 de setembro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO DE 2016

SCARCELA JORGE
COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ESTRAGOS DA CORRUPÇÃO.

Nobres:
Tem muito papagaio no âmbito da bajulação pronuncia a palavra GOLPE, queríamos que nos explicasse o que é golpe, é difícil saber do “puxa saco” que desde seu nascimento irracional por demérito. Não sabe ser nem mesmo anarquista! O cego não ouve e nem vê os noticiosos que é muito difícil o dia em que não acorda e tem como primeira notícia mais uma ação da Polícia Federal e do Ministério Público contra a corrupção bem a vase do lulismo em que tanto veneram. A semana começa com a Operação Greenfield, cujas investigações se iniciaram há um ano e meio, que tem como foco irregularidades nos fundos de pensão das estatais - Postalis, dos Correios; Funcef, da Caixa Econômica Federal; Petros, da Petrobras; e Previ, da Previdência Social. Apesar de não haver cálculo do tamanho do prejuízo causado pelas irregularidades, a Justiça mandou bloquear R$ 8 bilhões. Envolvidos na Operação Lava-Jato voltam à cena, como o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o empresário Leo Pinheiro, da OAS, entre outros empreiteiros suspeitos de participação nos desvios do dinheiro dos contribuintes dos fundos. Os trabalhadores, em quaisquer casos de corrupção, são os mais prejudicados. Quem participa dos fundos de pensão tem frustradas as expectativas de uma aposentadoria mais confortável, sem a punição dada àqueles que apenas contam com o benefício previdenciário para se manter  na velhice. A esses está reservada uma vida com restrições, levando em conta que o teto de aposentadoria não supre as necessidades dos cidadãos idosos. A sociedade paga preço altíssimo ante os desvios. Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria revela que cada R$ 1 desviado pela corrupção implica dano de R$ 3 para a economia e à sociedade. Em 2015, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo projetava que 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) eram perdidos por ano com os descaminhos abertos para o dinheiro público, ou seja, cerca de R$ 100 bilhões - há cálculos que elevam a cifra a R$ 1 trilhão por ano.  Desde a deflagração da Operação Lava-Jato, em março de 2014, a sociedade brasileira passou a conhecer em detalhes os esquemas de desvios de dinheiro público. O sistema montado dentro da Petrobras, envolvendo diretores, técnicos, políticos e empresários, é replicado em diferentes setores dentro da máquina pública. Bilhões e bilhões de reais escoam pelos dutos do descaminho do dinheiro público para enriquecimento pessoal, formação de caixa de campanhas eleitorais, pagamento de propinas e outros crimes. Hoje, o Brasil ocupa a 76ª posição no ranking mundial entre 175 países com alto índice de corrupção, ao lado de Bósnia e Herzegovina, Burkina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia, segundo a Transparência Internacional. A nação com menor índice de irregularidades é Dinamarca, com menor taxa de percepção de ilegalidades pelos cidadãos e o mais elevado grau de transparência das ações do setor público. No Congresso Nacional, 303 deputados e 49 senadores estão envolvidos em escândalos de corrupção. Contra eles as investigações seguem lentamente. O chamado foro especial que protege os parlamentares estabelece diferença entre cidadãos que trabalham e nutrem os cofres públicos e, por meio do voto, elevam a condições privilegiadas representantes que quebram a confiança que lhe foi dada. Os episódios dos dois últimos anos são alerta importante na história do país. As mudanças exigidas nos movimentos de rua não ocorrerão apenas com protestos. É ação silenciosa e individual que se traduz no voto que cada brasileiro depositar nas urnas. É na escolha rigorosa de representantes que tiraremos o país de posição no ranking das nações mais corruptas do planeta. O estado de direito arroga estas asneiras.
Antônio Scarcela Jorge.

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