Presidente da empreiteira WTorre, Walter Torre,
também foi levado obrigatoriamente para depor na Polícia Federal.
A Polícia
Federal deflagrou nesta segunda-feira a operação Greenfield, que investiga
desvios de dinheiro nos quatro maiores fundos de pensão do país Funcef (Caixa
Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). A
PF cumpre ao todo 127 mandados judiciais, 7 mandados de prisão temporária, 34
de condução coercitiva e 106 de busca e apreensão em oito Estados e no Distrito
Federal.
Entre os alvos
de condução estão o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro; os donos da holding
J&F, Wesley e Joesley Batista; e o presidente da WTorre, Walter Torre. Dos
quatro, apenas Joesley não foi levado obrigatoriamente a depor, pois se
encontra fora do Brasil.
Após comparecer
à Superintendência da PF em São Paulo, Léo Pinheiro foi encaminhado a Curitiba,
onde ele deve ficar preso em regime fechado.
O juiz Sergio
Moro decretou a sua prisão preventiva após a suspeita de que, mesmo condenado
no petrolão, ele continua a cometer crimes.
A casa do
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também preso na Lava Jato, foi alvo de
buscas.
A ação é baseada
em dez casos que geraram déficits bilionários aos fundos pensão.
Os alvos são
investigados por gestão temerária ou fraudulenta.
Atendendo ao
pedido da procuradoria e da PF, a Justiça decretou o seqüestro de bens e o
bloqueio de ativos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas, no
valor aproximado de 8 bilhões de reais.
Em nota, o grupo
WTorre afirmou que “não teve e não tem nenhuma relação direta com nenhum dos
fundos de pensão citados na Operação Green Field”.
“O Grupo WTorre
vem novamente à público esclarecer que não tem negócios na esfera do poder
público”, diz o texto.
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