quarta-feira, 28 de setembro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 28 DE SETEMBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

CONCEITO REAL DA SOCIEDADE POLÍTICA.

Nobres:
Em tempo mais que necessário urgimos recapitular as gigantes manifestações desde as primeiras vivenciadas no ano de 2014 constituem um bom exemplo da interferência do mundo na cultural política e trazem a tona movimentos que parecem questionar os regimes de governança e o sistema de representação política que administram o estado e arbitram os interesses dos diversos segmentos que compõe sua população. Por estes atos e uma das causas o Brasil fala da superação da extrema desigualdade social, da histórica desigualdade de oportunidades seguramente, fala, também, da superação de uma desigualdade que, à revelia do avanço na redistribuição de renda ocorrida na última década, tem se intensificado, qual seja, a de autonomia para se inserir e atuar, na condição de sujeito, no universo técnico-comunicacional que vem definindo a produção das relações em nossos dias. Em que medida o projeto de ensino do coletivo escolar dialoga com esses desafios. A cultura de nossa gente reúne umbilicalmente a escola que permanentemente está lendo e pensando esses fenômenos aliado ainda a comunicação e a informática que  prescindem delas o maior grau de conscientização política e a interação de responsabilidade. Os indivíduos anseiam por maior participação e a sofisticada comunicação em rede disponível parece reconstruir, em nossos dias. Porém, a presença nela exige de cada um de nós o exercício da atitude voluntária e ética indispensáveis a uma sociedade de massa que pretende ser democrática inclusiva e participativa. Parece que definitivamente saímos do projeto de nação centrado em princípios míticos para outro dedicado à construção de coletivos que tem no indivíduo e seus desejos o foco da atuação. O Estado e muitas das suas velhas instâncias de arbitramento começam a demonstrar incapacidade de lidar com as "realidades" mais recentes, apresentam mesmo sinais de cansaço diante de tantas e singulares demandas e as lacunas deixadas estão sendo ocupadas por intervenções no mínimo perigosas. A recente manifestação sobre a introdução da ampliação de nova metodologia do ensino médio ainda a ser discutida por todos os segmentos ainda reveladas pela união, gerou protestos aqui no nosso Estado do Ceará, de origem da Secretaria de Educação do Estado, que no estilo “cidista e cirista” qualificou como sendo retrocesso na educação do país. Teria que ser o Ceará, um estado de subserviência ao governo permanente, não importa que seja este ou ele!  O governador revelou o mais midiático exemplo de como a ignorância atua, com ampla legitimidade, sempre que a própria sociedade parece não se reconhecer nos seus signos e instrumentos de justiça e parece mesmo acreditar não tê-los. Sabemos que o maior instrumenta de ação que é a escola efetivamente não poderá fazer, sozinha, esse debate, mas pouquíssimas instituições em nossos dias têm a legitimidade e a obrigação de fazê-lo, e dar a direção deste projeto e, por isso a escola que abriga a maioria absoluta dos jovens brasileiros, dependendo da formação da idéia que propor para si, poderá definir um dos caminhos a ser seguido pela nação.
Antônio Scarcela Jorge.

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