SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeCONCEITO REAL DA SOCIEDADE POLÍTICA.
Nobres:
Em tempo mais
que necessário urgimos recapitular as gigantes manifestações desde as primeiras
vivenciadas no ano de 2014 constituem um bom exemplo da interferência do mundo
na cultural política e trazem a tona movimentos que parecem questionar os
regimes de governança e o sistema de representação política que administram o
estado e arbitram os interesses dos diversos segmentos que compõe sua
população. Por estes atos e uma das causas o Brasil fala da superação da
extrema desigualdade social, da histórica desigualdade de oportunidades seguramente,
fala, também, da superação de uma desigualdade que, à revelia do avanço na
redistribuição de renda ocorrida na última década, tem se intensificado, qual
seja, a de autonomia para se inserir e atuar, na condição de sujeito, no
universo técnico-comunicacional que vem definindo a produção das relações em
nossos dias. Em que medida o projeto de ensino do coletivo escolar dialoga com
esses desafios. A cultura de nossa
gente reúne umbilicalmente a escola que permanentemente está lendo e
pensando esses fenômenos aliado ainda a comunicação e a informática que prescindem delas o maior grau de conscientização política e a interação de
responsabilidade. Os indivíduos anseiam por maior participação e a sofisticada
comunicação em rede disponível parece reconstruir, em nossos dias. Porém, a
presença nela exige de cada um de nós o exercício da atitude voluntária e ética
indispensáveis a uma sociedade de massa que pretende ser democrática inclusiva
e participativa. Parece que definitivamente saímos do projeto de nação centrado
em princípios míticos para outro dedicado à construção de coletivos que tem no
indivíduo e seus desejos o foco da atuação. O Estado e muitas das suas velhas instâncias de arbitramento
começam a demonstrar incapacidade de lidar com as "realidades" mais
recentes, apresentam mesmo sinais de cansaço diante de tantas e singulares
demandas e as lacunas deixadas estão sendo ocupadas por intervenções no mínimo
perigosas. A recente manifestação sobre a introdução da ampliação de nova
metodologia do ensino médio ainda a ser discutida por todos os segmentos ainda
reveladas pela união, gerou protestos aqui no nosso Estado do Ceará, de origem
da Secretaria de Educação do Estado, que no estilo “cidista e cirista” qualificou
como sendo retrocesso na educação do país. Teria que ser o Ceará, um estado de
subserviência ao governo permanente, não importa que seja este ou ele! O governador revelou o mais midiático exemplo
de como a ignorância atua, com ampla legitimidade, sempre que a própria
sociedade parece não se reconhecer nos seus signos e instrumentos de justiça e
parece mesmo acreditar não tê-los. Sabemos que o maior instrumenta de ação que
é a escola efetivamente não poderá fazer, sozinha, esse debate, mas pouquíssimas
instituições em nossos dias têm a legitimidade e a obrigação de fazê-lo, e dar
a direção deste projeto e, por isso a escola que abriga a maioria absoluta dos jovens
brasileiros, dependendo da formação da idéia que propor para si, poderá definir
um dos caminhos a ser seguido pela nação.
Antônio
Scarcela Jorge.
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