quinta-feira, 29 de setembro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ESCÂNDALOS FORMAIS.

Nobres:
Nas últimas semanas, o Brasil tem vivido sob o impacto da Operação Lava Jato, que, em torna da qual o noticiário, na busca de uma associação ao chamado "mensalão", batizou de Petrolão. Hoje mesmo ao desencadear mais uma nova operação, capitulou o ex-ministro Antonio Palocci, o bi ministro dos governos corruptos de Lula e Dilma, como sendo os braços da esquerda e foi “destronado” de cargos ocupou ocasionado pelos escândalos vivenciados em épocas distintas neste país. Enquanto se eleva esse novo escândalo ao posto de "o maior da história", relegam outros episódios aos rodapés, os lançam um imenso Triângulo das Bermudas, reduz aos pedacinhos pelas lâminas da
corrupção. Seria ótimo, se hipocrisias à parte, o problema do Brasil se resumisse apenas a uma briga entre "bonzinhos" e "malvados". Está claro que temos aqui, como ocorre em muitíssimos países, bandidos recebendo propinas no desvio de verbas públicas, atuando como "operadores" e facilitadores no trabalho de tráfico de influência, no superfaturamento e na lavagem de dinheiro e envio de recursos para o exterior. E claro está também que existem empresários acostumados, com o tempo, a pagar ou a ser extorquidos, a cada obra, a cada licitação, a cada aditivo de contrato, pelos "intermediários" e oportunistas de sempre, e que já sofrem sucessivas paralisações, atrasos e adiamentos nas grandes obras que executam que ocorrem devido a razões que muitas vezes escondem interesses políticos que nem sempre correspondem aos do próprio país e da população. E padecemos, finalmente, ainda, da falta de coordenação e entendimento, entre os Três Poderes da República, em torno dos grandes problemas nacionais. Leis, projetos e obras que são essenciais para o futuro do país, não são discutidas previamente entre Executivo, Legislativo e Judiciário, antes de ser encaminhado para aprovação e execução, o que acaba levando, nos dois primeiros casos, a relações de pressão e contrapressão que acabam descambando no fisiologismo e na chantagem e que afetam, historicamente, a própria governabilidade. Na contramão do que imagina a maioria das pessoas, com algumas exceções, ao contrário dos corruptos e dos "atravessadores", os homens públicos incluindo aqueles que trabalham abnegadamente pelo bem comum estão muito mais preocupados com o poder, para executar suas teses, idéias e projetos, ou apenas exercê-lo, simplesmente, do que com o dinheiro. No embate político, ter recursos que às vezes chegam de origem nem sempre claramente identificada, pelas mãos de "atravessadores" que se oferecem para "ajudar" é essencial, para conquistar o poder, na disputa eleitoral, e nele manter-se, depois, ao longo do tempo. Esse é o elemento mais importante da equação. E ele só começará a ser resolvido se houver uma reforma política que proíba, definitivamente, a doação de dinheiro a agremiações políticas e candidatos a cargos eletivos, promova a cassação automática de quem usar caixa dois e aumente a fiscalização do uso dos recursos partidários ainda durante o período de campanha. Nas cidades mais distantes das regiões brasileiras incluindo o nordeste governista há uma pálida fiscalização e até ausente dos mecanismos que se entende como a Justiça Eleitoral e que nos transparece que este lado da sociedade vivencia um PT, aliados e alugados, que predomina todas as ações. A gravidade desta situação coloca em risco a imagem de empresas modestas e até as mais importantes do país. Mas por mais que sejam importantes, e impactantes, as prisões dos corruptos envolvidos no escândalo da Petrobras, a moça mestra para incorrer o vilão dos corruptos e a recuperação dos recursos desviados, se não for feita uma reforma política, de fato, elas não impedirão que mais escândalos ocorram, no financiamento de novas campanhas, o exercício do Caixa 2 presente em todos os municípios preliminarmente comprovadas nos cruzamentos de dados da Receita Federal e entes institucionais  no decorrer desta campanha eleitoral, segundo fontes que no cotidiano estão divulgando.
Antônio Scarcela Jorge.

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