segunda-feira, 26 de setembro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 26 DE SETEMBRO DE 2016

SCARCELA JORGE









COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

CONFIAR NA CORRUPÇÃO.

Nobres:
Tem muita ‘estrela’ no âmbito da bajulação ainda pronuncia a palavra GOLPE; não sabe ser nem mesmo anarquista! O cego não ouve e nem vê os noticiosos que é muito difícil o dia em que não acorda e tem como primeira notícia mais uma ação da Polícia Federal e do Ministério Público contra a corrupção bem a base do lulismo em que tanto veneram. A sociedade paga preço altíssimo ante os desvios. Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria revela que cada R$ 1 desviado pela corrupção implica dano de R$ 3 para a economia e à sociedade. Em 2015, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo projetava que 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) eram perdidos por ano com os descaminhos abertos para o dinheiro público, ou seja, cerca de R$ 100 bilhões - há cálculos que elevam a cifra a R$ 1 trilhão por ano. Desde a deflagração da Operação Lava-Jato, em março de 2014, a sociedade brasileira passou a conhecer em detalhes os esquemas de desvios de dinheiro público. O sistema montado dentro da Petrobras, envolvendo diretores, técnicos, políticos e empresários, é replicado em diferentes setores dentro da máquina pública. Bilhões e bilhões de reais escoam pelos dutos do descaminho do dinheiro público para enriquecimento pessoal, formação de caixa de campanhas eleitorais, pagamento de propinas e outros crimes. Hoje, o Brasil ocupa a 76ª posição no ranking mundial entre 175 países com alto índice de corrupção, ao lado de Bósnia e Herzegovina, Burkina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia, segundo a Transparência Internacional. No Congresso Nacional, 303 deputados e 49 senadores estão envolvidos em escândalos de corrupção. Contra eles as investigações seguem lentamente. O chamado foro especial que protege os parlamentares estabelece diferença entre cidadãos que trabalham e nutrem os cofres públicos e, por meio do voto, elevam a condições privilegiadas representantes que quebram a confiança que lhe foi dada. Os episódios dos últimos anos são alerta importantes na história do país. As mudanças exigidas nos movimentos de rua não ocorrerão apenas com protestos. É ação silenciosa e individual que se traduz no voto que cada brasileiro depositar nas urnas. É na escolha rigorosa de representantes que tiraremos o país de posição no ranking das nações mais corruptas do planeta. O estado de direito arroga estas asneiras.
Antônio Scarcela Jorge.

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