Outras
três comissões foram criadas; das quatro, duas contrariam Planalto.
Presidente da Câmara anunciou mais cedo que agora é 'oposição'.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
autorizou nesta sexta-feira (17) a criação de quatro comissões parlamentares de
inquérito (CPIs). Desse total, duas contrariam o governo. A leitura em plenário
da criação das comissões ocorreu horas após Cunha anunciar rompimento
com o governo da presidente Dilma Rousseff.
Uma das comissões que desagradam o Executivo irá
investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). A outra
vai apurar supostas irregularidades nos fundos de pensão das estatais.
Esses dois requerimentos de criação de CPI estavam
atrás na lista de espera de instalação. A do BNDES estava em sétimo na lista, e
a dos fundos de pensão, em oitavo. Apenas cinco comissões podem funcionar ao
mesmo tempo.

A criação das novas CPIs é possível devido ao término
do prazo de funcionamento de quatro comissões que atuavam nesse primeiro
semestre. Só a CPI da Petrobras vai
continuar a funcionar
Rompimento
A decisão ocorre poucas horas depois de o peemedebista anunciar que rompeu com o governo federal e que fará parte da oposição.
Ele acusa o Palácio do Planalto de ter se articulado
com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Operação
Lava Jato.
Nesta quinta (16), o ex-consultor da Toyo Setal Júlio
Camargo relatou à Justiça Federal do Paraná que Cunha lhe pediu
propina de US$ 5 milhões.
Cunha também autorizou a criação de uma CPI para investigar maus tratos contra animais e outra que apurará crimes cibernéticos.
Com a leitura de criação das CPIs, a expecativa é que
os partidos indiquem os integrantes de cada colegiado em agosto. A partir da
próxima semana, o Legislativo estará em "recesso branco", com a
interrupção dos trabalhos até o dia 31. A instalação das comissões será feita
em seguida

O requerimento de criação da CPI do BNDES é do
deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que pede que sejam investigadas supostas
irregularidades envolvendo o BNDES ocorridas entre os anos de 2003 e 2015
relacionadas à concessão de empréstimos “secretos” concedidos a países como
Angola e Cuba. Bueno questiona a classificação desses contratos como sigilosos,
o que fará com que o seu teor só seja conhecido em 2027.
A CPI também deverá apurar empréstimos concedidos a
empresas investigadas da Operação Lava Jato que seriam de fachada, além de
operações de crédito em favor de empresas do grupo do empresário Eike Batista e
do setor frigorífico.
No requerimento, Bueno alega que “as dificuldades
financeiras enfrentadas por estas empresas e o questionável retorno do
investimento traz a necessidade de se investigar tais casos”.
Fonte:
Agência O Globo.
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