quarta-feira, 29 de julho de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

"ENTRE O CÉU E O INFERNO.

COMO “RESIDE” O RÉU DE (COLARINHO BRANCO NO BRASIL E, NO EXTERIOR.

Nobres:
O Brasil na realidade obteve várias conquistas entre as nações, a ostentação inédita de pentacampeão do mundo, fator principal em termos meritório, mas infelizmente em sentido paralelo caminhou para um processo corrupto direcionado pelos seus dirigentes do futebol, onde a legislação é densamente protetora para bandidos no País. Neste sentido se inclui Marin, que sempre circulou à vontade, era paparicado, mesmo que todos do futebol soubessem das suas atividades mafiosas. E continuaria como tantos outros que andam por aí, se não tivesse ido ao congresso da FIFA em Zurique. Se tivesse ficado aqui, não teria caído nas garras do FBI. Estaria livre e solto e continuaria sendo vergonhosamente bajulado. Mas as notícias são de que a parceria não o visita na cadeia. Marin está preso e esquecido, mas Pedro Barusco está solto. O ladrão avulso é visto em Angra quase todos os dias, de bermuda, à beira da praia. É a prisão domiciliar que escolheu, porque tem domicílios diversos. Confronte os casos de Marin e Barusco e veja os contrastes nos tratamentos que alguns corruptos recebem aqui e no Exterior. Barusco, ladrão confesso, pode ser fotografado estirado numa cadeira, bronzeando-se, enquanto a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça tentam descobrir para quem trabalhava. E Marin está numa solitária de Zurique, abandonado. Barusco é o decano dos ladrões da Petrobras. Admitiu que recebia propinas de empreiteiros desde o final da década de 90, e depois continuou recebendo, por hábito, nos governos petistas. Nada se sabe de grande novidade sobre Barusco. A única recente é que perdeu a advogada Beatriz Catta Preta, que decidiu abandonar, de repente, toda a vasta clientela da Lava-Jato. Por quê? Um dia saberemos? Nada muda para Barusco, o laranja misterioso. Pela delação premiada que o mantém em liberdade, ele prometeu devolver US$ 97 milhões depositados na Suíça, onde Marin foi esquecido pelos amigos. O bom mafioso é também o que sabe calcular os riscos e as vantagens de estar em Angra ou em Zurique. Marin poderia estar em Angra.
Antônio Scarcela Jorge.

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